Dois ensaios em econometria financeira: modelagem, previsão e stress da estrutura a termo das taxas de juros

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Introduzindo um modelo mais flexível de cinco fatores o primeiro artigo da dissertação procura verificar o poder de ajuste dentro da amostra e de previsão fora da amostra de várias extensões do modelo paramétrico de Nelson e Siegel (1987), a partir de sua reinterpretação feita por Diebold e Li (2006). Foram utilizadas diferentes regras de fixação dos parâmetros /] que governam a forma dos componentes exponenciais dos modelos e as previsões foram feitas para diferentes horizontes, a partir de diferentes métodos, a destacar o de Autoregressão Quantílica QAR. Os resultados mostram que o modelo de cinco fatores apresenta um melhor ajuste dentro da amostra, especialmente nas maturidades de curto e longo prazos da estrutura a termo, mas que um maior poder preditivo não é garantido. Mostra-se também que, dependendo do horizonte de previsão, diferentes valores dos parâmetros /] devem ser otimamente fixados. Concluímos também que as previsões da estrutura a termo brasileira, realizadas a partir do QAR estimado na mediana, são bem mais acuradas que aquelas realizadas pelos métodos de regressão na média, sobretudo para longos horizontes, o que demonstra a robustez dos modelos de regressão quantílica. O objetivo do segundo artigo é apresentar uma metodologia de construção de cenários de stress para as curvas de juros empregando-se a autoregressão quantílica. Através de modelos estimados nas caudas das distribuições condicionais da variável de resposta, são gerados cenários condicionais para os fatores de nível e inclinação que compõem o modelo de Svensson (1994), possibilitando, assim, a formulação de cenários de deslocamentos extremos para as curvas de juros. A metodologia proposta se mostra capaz de gerar cenários que simulam os movimentos pouco prováveis das curvas de juros observados na realidade, tornando os testes de stress baseados nas curvas de juros menos subjetivos. Com isso, instituições financeiras e reguladores podem conseguir um melhor gerenciamento do risco das taxas de juros.

ASSUNTO(S)

finanças modelos econométricos teses. taxa de juros modelos econométricos econometria teses.

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