Ensaio clínico prospectivo randomizado sobre terapia com células mononucleares da medula óssea para cardiomiopatia dilatada idiopática: INTRACELL
AUTOR(ES)
Sant'Anna, Roberto T., Fracasso, James, Valle, Felipe H., Castro, Iran, Nardi, Nance B., Sant'Anna, João Ricardo M., Nesralla, Ivo Abrahão, Kalil, Renato A. K.
FONTE
Braz. J. Cardiovasc. Surg.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-09
RESUMO
Objetivo: Testamos a hipótese de que a injeção intramiocárdica direta de células mononucleares de medula óssea em pacientes portadores de cardiomiopatia dilatada não-isquêmica pode melhorar a função ventricular e a capacidade física. Métodos: Trinta pacientes com cardiomiopatia dilatada não isquêmica e fração de ejeção 35% foram randomizados na razão 1:2 em grupos controle e tratado. Grupo células mononucleares de medula óssea recebeu 1,06 ± 108 células mononucleares de medula óssea por mini-toracotomia. Grupo controle não recebeu intervenção. Avaliação foi feita clinicamente e por teste de caminhada 6 minutos (T6m), ressonância magnética e ecocardiogramas. Resultados: Grupo células mononucleares de medula óssea mostrou tendência de melhora da Fração de ejeção - ressonância magnética aos 3 meses, 27,80±6,86% para 30,13±9,06% (P=0,08), retornando ao basal aos 9 meses (28,78%, P=0,77). Grupo controle não apresentou variação (28,00±4,32%; 27,42±7,41% e 29,57±4,50%). Ecocardiogramas - fração de ejeção melhorou no grupo células mononucleares de medula óssea aos 3 meses: 25,09±3,98 para 30,94±9,16 (P=0,01) e aos 12 meses (30,07±7,25%, P=0,001), enquanto o controle não variou: 26,1±4,4 vs. 26,5±4,7 e 30,2±7,39%, P=0,25 e 0,10, respectivamente). Células mononucleares de medula óssea melhorou classe funcional New York Heart Association: 3,40±0.50 para 2,41±0,79 (P=0,002); controles não mudaram (3,37±0,51 para 2,71±0,95; P=0,17). T6m melhorou no grupo células mononucleares de medula óssea (348,00±93,51 m inicial para 370,41±91,56 m aos 12 m, P=0,66) e declinou sem significância no controle (361,25±90,78 m para 330,00±123,42 m aos 12 meses, P=0,66). Não houve diferenças significativas entre os grupos. Conclusão: A tendência intragrupo de melhora funcional e subjetiva não se confirmou quando comparado com controle. Portanto, a injeção direta intramiocárdica de células mononucleares de medula óssea não se associou a mudança significativa na função ventricular. As diferenças observadas no grupo tratado poderiam ser devidas a efeito placebo ou a baixo poder estatístico.
ASSUNTO(S)
cardiomiopatia dilatada insuficiência cardíaca células contração miocárdica transplante
Documentos Relacionados
- Efeito da terapia com células mononucleares de medula óssea em perfurações agudas de membrana timpânica
- Transplante Autólogo de Células-Tronco Adultas para Tratamento da Cardiomiopatia Dilatada Idiopática
- Transplante de células mononucleares da medula óssea em camundongo com lesão retiniana
- Cardiomiopatia dilatada idiopática: estudo anatômico computadorizado da relação entre o septo e a parede livre do ventrículo esquerdo
- Anticoagulantes no rendimento de células mononucleares da medula óssea de cães