Transplante de células mononucleares da medula óssea em camundongo com lesão retiniana

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

Objetivos: avaliar a funcionalidade da retina após o transplante de células mononucleares da medula óssea (CMMOs) em um modelo experimental de degeneração retiniana induzida com iodato de sódio (NaIO3). Métodos: as células para o transplante foram obtidas de camundongos transgênicos GFP+. A degeneração retiniana foi induzida com a administração intravenosa de 25 mg/kg de NaIO3 em camundongos C57Bl/6. Três dias após a indução da lesão os grupos de animais (n=6 para cada grupo) receberam, via infusão intracarotídea, transplante de 1x106 CMMOs ou 1x106 CMMOs lisadas com nitrogênio líquido. Animais que receberam solução salina serviram como controle. No 7 e no 16 dia após a infusão, a funcionalidade da retina dos animais foi avaliada com eletrorretinografia (eletrorretinograma - ERG). Foram realizados processamento histológico e PCR para análise. Resultados: a amplitude e o tempo implícito das componentes a e b do ERG mostraram alteração significativa quando comparados os períodos pré-lesão e 2 dias pós-lesão. Os ERGs obtidos no 7 e 16 dia após o transplante não apresentaram diferença significativa nos parâmetros avaliados quando comparados os tratamentos entre si, e cada tratamento ao longo do tempo. O resultado da PCR foi positivo para 1 hora e 16 dias após a infusão de células mononucleares. A análise histológica da retina mostrou lesões severas na retina central. Conclusões: o modelo de lesão retiniana com o NaIO3 se mostrou capaz de induzir lesão de grande extensão e gravidade. Não houve recuperação dos potenciais do ERG após o transplante de CMMOs. No entanto, a presença das CMMOs na retina, após infusão carotídea, incentiva novos estudos para investigação da possibilidade de regeneração retiniana com estas células e do seu potencial terapêutico

ASSUNTO(S)

medicina neurociÊncia retina - testes transplante de cÉlulas-tronco medicina

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