Transplante Autólogo de Células-Tronco Adultas para Tratamento da Cardiomiopatia Dilatada Idiopática
AUTOR(ES)
Westphal, Ricardo João, Bueno, Ronaldo Rocha Loures, Galvão, Paulo Bezerra de Araújo, Zanis Neto, José, Souza, Juliano Mendes, Guérios, Ênio Eduardo, Senegaglia, Alexandra Cristina, Brofman, Paulo Roberto, Pasquini, Ricardo, Cunha, Claudio Leinig Pereira da
FONTE
Arq. Bras. Cardiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
04/11/2014
RESUMO
Fundamento:Pacientes portadores de cardiomiopatia dilatada idiopática apresentam alta morbimortalidade, mesmo em tratamento clínico otimizado. A infusão autóloga de células-tronco adultas da medula óssea mostrou resultados clínicos preliminares promissores nesses pacientes.Objetivo:Determinar a eficácia do transplante autólogo de células-tronco adultas da medula óssea sobre as funções sistólica e diastólica, e o grau de insuficiência mitral em pacientes portadores de cardiomiopatia dilatada idiopática em classes funcionais NYHA II e III.Métodos:Infundiram-se 4,54 x 108 ± 0,89 x 108 células-tronco adultas da medula óssea nas artérias coronárias de 24 pacientes com cardiomiopatia dilatada idiopática em classes funcionais NYHA II e III. Após 3 meses, 6 meses e 1 ano, avaliaram-se as mudanças de classe funcional, das funções ventricular esquerda sistólica e diastólica, e do grau da insuficiência mitral.Resultados:No seguimento, seis (25%) pacientes melhoraram sua classe funcional e oito (33,3%) mantiveram sua classe funcional inicial. A fração de ejeção ventricular esquerda aumentou 8,9%, 9,7% e 13,6%, após 3 e 6 meses e 1 ano (p = 0,024; p = 0,017 e p = 0,018), respectivamente. A função diastólica ventricular esquerda e o grau de insuficiência mitral não demonstraram mudanças significativas. Dois pacientes (8,3%) receberam cardioversor e ressincronizador implantável. Ocorreram quatro (16,6%) mortes súbitas e quatro (16,6%) mortes por insuficiência cardíaca terminal. A sobrevida média desses oitos pacientes foi de 2,6 anos.Conclusão:A infusão intracoronariana de células-tronco adultas da medula óssea em pacientes com cardiomiopatia dilatada idiopática promoveu melhora ou estabilização da classe funcional, e melhora da fração de ejeção ventricular esquerda em expressivo número de pacientes, sugerindo eficácia dessa intervenção. Não se observaram mudanças significativas na função diastólica ventricular esquerda e nem no grau de insuficiência mitral.
ASSUNTO(S)
cardiomiopatia dilatada células-tronco transplante autólogo
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