Emergência e fatores de mortalidade pupal de Anastrepha obliqua (Macq.) (Diptera: Tephritidae) no período de frutificação do hospedeiro Spondias dulcis L.
AUTOR(ES)
BRESSAN-NASCIMENTO, SUZETE
FONTE
Neotropical Entomology
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001-06
RESUMO
A emergência e os fatores de mortalidade pupal de Anastrepha obliqua (Macq.) (Diptera: Tephritidae) durante a frutificação da planta hospedeira Spondias dulcis L. (Anacardiaceae) foram estudados no campo e no laboratório em Sertãozinho, SP. Nas duas condições experimentais, após os períodos de emergência, foram registrados os números de pupários fechados e abertos. Os números de moscas e parasitóides emergidos dos pupários foram registrados. Os pupários fechados foram analisados e, conforme o estado da pupa dentro do pupário, as mesmas foram classificadas em vivas (dormentes) e mortas. Os fatores de mortalidade considerados foram: dessecação, doenças e predação. Foram analisados 1204 pupários, sendo que de 53% emergiram adultos e 47% permaneceram fechados; do total de pupários fechados, 25,3% eram pupas em estado de dormência e 21,7% eram pupas mortas por predadores, doenças e dessecação. Das pupas em estado de dormência, 17,8% eram moscas e somente 0,2% completaram o estágio pupal; 7,5% continham parasitóides, sendo que 4,7% deles emergiram. O parasitismo inicial foi de 8,6% e após a emergência das pupas em dormência aumentou para 15,5%. A ação predatória em condições naturais foi acentuada, especialmente quando o tempo de exposição foi prolongado. Em condições de laboratório, a dessecação foi o principal fator de mortalidade pupal. O parasitismo também contribuiu significativamente para a mortalidade pupal enquanto que, as doenças provocadas por patógenos (fungos e bactérias), parecem ter sido menos significativas. Predadores e parasitóides atuaram efetivamente no controle populacional dessa mosca-das-frutas. Entretanto, os fatores que regulam o estado de dormência, ainda devem ser determinados. A estimativa do estado de dormência, assim como a dos fatores bióticos e abióticos que atuam no estágio pupal são importantes para o entendimento das estratégias adaptativas de A.obliqua e seus parasitóides, como também para o desenvolvimento de métodos eficientes de controle em regiões tropicais.
ASSUNTO(S)
insecta mosca-das-frutas estágio pupal bioecologia
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