Efeitos do Ãcido bÃrico no perfil de expressÃo protÃica em Camponotus vittatus (Hymenoptera: Formicinae)

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

RESUMO GERAL - Iscas lÃquidas de Ãcido bÃrico, em baixas concentraÃÃes, tÃm-se mostrado eficientes para o controle de formigas carpinteiras, agindo lentamente, sendo bem distribuÃdas na colÃnia por trofalaxia sem serem repelidas, alÃm de nÃo prejudicarem organismos nÃo-alvos. Devido à predominÃncia de Camponotus vittatus em residÃncias de UberlÃndia-MG e a quase inexistÃncia de trabalhos a respeito da biologia, fisiologia e mÃtodos de controle dessa formiga, esse trabalho teve por objetivo analisar os efeitos que a ingestÃo do Ãcido bÃrico pode provocar na expressÃo de proteÃnas desse inseto, visando subsidiar propostas de controle. Foi analisado o perfil protÃico, atravÃs de eletroforese SDS-PAGE e espectrometria de massa, e esterÃsico por eletroforese e testes de inibiÃÃo. Os resultados mostraram que o Ãcido bÃrico alterou a expressÃo de vÃrias proteÃnas. Duas bandas foram capazes de gerar fragmentos tripsÃnicos que apÃs anÃlise por bioinformÃtica indicaram alta similaridade de uma delas com a enzima arginina quinase. Com relaÃÃo ao perfil de esterases, duas tiveram sua expressÃo aumentada no grupo tratado com Ãcido bÃrico e uma foi observada somente neste grupo, colocando tais enzimas como candidatas a esterases-resistÃncia especÃficas, utilizadas pelas formigas na tentativa de detoxificaÃÃo e/ou resistÃncia ao Ãcido bÃrico. RESUMO - CAPÃTULO I - VÃrios sÃo os tipos de pesticidas utilizados atualmente, entretanto, os efeitos colaterais indesejados gerados sÃo enormes. Sendo assim, iscas sÃo ideais para o uso contra formigas urbanas, devido a sua baixa toxicidade, fÃcil transporte para o ninho e boa distribuiÃÃo para os membros da colÃnia, atravÃs de trofalaxia. AlÃm disso, possuem baixo impacto ambiental, nÃo prejudicando organismos nÃo-alvos. Iscas de Ãcido bÃrico tÃm sido utilizadas no controle de formigas carpinteiras, mostrando-se efetivas em baixas concentraÃÃes. Considerando-se que trabalhos sobre os modos de aÃÃo do Ãcido bÃrico em formigas sÃo inexistentes, nesse estudo foi analisado, por gel SDS-PAGE e espectrometria de massa, o perfil protÃico de Camponotus vittatus tratadas com iscas lÃquidas desse veneno. Os resultados mostraram que o Ãcido bÃrico alterou a expressÃo de vÃrias proteÃnas. Foram obtidos vÃrios fragmentos tripsÃnicos de duas bandas diferencialmente expressas, uma delas expressa no grupo Tratado, nÃo apresentou similaridade com nenhuma proteÃna jà estudada e depositada em bancos de dados pÃblicos. A anÃlise de bioinformÃtica para a segunda banda, que nÃo ocorre no grupo Tratado, indicou similaridade com a enzima Arginina quinase (ArgK), importante para manutenÃÃo da homeostase energÃtica em himenÃpteros. Provavelmente, o Ãcido bÃrico estaria ocasionando a supressÃo da ArgK, comprometendo o funcionamento do sistema de tamponamento pelo ATP. NÃo hà banco de dados para C. vittatus, o que dificulta resultados mais conclusivos para anÃlise de proteÃnas. RESUMO - CAPÃTULO II - O Ãcido bÃrico, um tipo de inseticida inorgÃnico, està sendo bastante utilizado no controle das formigas. Iscas lÃquidas, em baixas concentraÃÃes, tÃm se mostrado eficientes, pois agem lentamente e nÃo sÃo repelidas pelas formigas. As esterases pertencem a um grupo de enzimas que hidrolisam preferencialmente Ãsteres de Ãcidos carboxÃlicos. SÃo classificadas pela especificidade a substratos e sensibilidade a inibidores. Nos insetos, estÃo relacionadas com a regulaÃÃo dos nÃveis de HormÃnio Juvenil, processos digestivos e degradaÃÃo de inseticidas. Esse trabalho analisou os efeitos do Ãcido bÃrico, utilizado como mÃtodo de controle em Camponotus vittatus, na atividade esterÃsica dessas formigas. As esterases foram coradas com α e β naftil acetato e classificadas por testes de inibiÃÃo. Foram detectadas seis regiÃes com atividade esterÃsica, denominadas de EST1 a EST6 e identificadas como α e β esterases. EST1, EST2 e EST3 foram classificadas como acetilcolinesterases e EST4, EST5 e EST6, classificadas como acetilesterases. A EST3 foi detectada somente no grupo Tratado com Ãcido bÃrico. EST1 e EST2 apresentaram aumento de intensidade de expressÃo no grupo Tratado quando comparado ao Controle. A EST3, presente somente no grupo Tratado, e o aumento da expressÃo de EST1 e EST2 nesse grupo, colocam essas enzimas como candidatas a esterases-resistÃncia especÃficas, utilizadas pelas formigas na tentativa de detoxificaÃÃo e/ou resistÃncia ao Ãcido bÃrico.

ASSUNTO(S)

acido bÃrico isca lÃquida protein profile formiga camponotus vittatus controle boric acid aqueous baits genetica perfil protÃico esterase control esterases

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