Efeitos da fragmentaÃÃo e perda de habitat sobre a brioflora epÃfita de sub-bosque de floresta atlÃntica: estudo de caso na estaÃÃo ecolÃgica Murici, Alagoas, Brasil
AUTOR(ES)
Juliana Rosa do Parà Marques de Oliveira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
As briÃfitas constituem-se em um importante componente do estrato epifÃtico em Florestas Tropicais e tÃm na Floresta AtlÃntica um de seus maiores centros de diversidade e endemismo. Este ecossistema, no entanto, està fortemente comprometido pela intensa exploraÃÃo e fragmentaÃÃo das suas paisagens naturais. Foi objetivo deste trabalho preencher lacunas de conhecimento em termos da florÃstica e ecologia de briÃfitas em Floresta AtlÃntica, particularmente, no estado de Alagoas, que ainda à pobremente inventariado. Uma das propostas principais foi avaliar como as alteraÃÃes na vegetaÃÃo associadas fragmentaÃÃo e ao efeito de borda afetam o grupo. Para isso foram inventariados dez fragmentos na EstaÃÃo EcolÃgica Murici, que somam mais de 90% da Ãrea florestada desta reserva. Em cada um deles, foram traÃados quatro transectos de 100m perpendiculares à margem, nos quais foram marcadas 10 parcelas (25 mÂ) eqÃidistantes. Cada parcela teve mensurado DAP (diÃmetro acima do peito) e altura de todos os seus indivÃduos. Adicionalmente o grau de abertura do dossel foi determinado atravÃs da anÃlise de fotografias hemisfÃricas. Um forÃfito por sÃtio foi selecionado e amostras de briÃfitas da sua base atà 2 m foram coletadas. As briÃfitas foram identificadas atà nÃvel especifico e classificadas quanto ao hÃbitat de preferÃncia (epÃfitas de sol, sombra e generalistas) e quanto à sua forma de crescimento. A brioflora foi composta por 106 espÃcies (56 hepÃticas e 50 musgos) distribuÃdas em 21 famÃlias, das quais as mais importantes foram Lejeuneaceae, Calymperaceae, Sematophyllaceae, Pilotrichaceae, Fissidentaceae e Jubulaceae. As briÃfitas mostraram um padrÃo de distribuiÃÃo heterogÃneo entre os fragmentos, tanto em riqueza quanto em composiÃÃo floristica. De maneira geral, a diminuiÃÃo do tamanho do fragmento foi acompanha da perda de espÃcies e alteraÃÃes na estrutura da comunidade briofÃtica. As especialistas de sombra e de forma de crescimento pendente foram mais afetadas pela perda de habitat. ParÃmetros da fisionomia da vegetaÃÃo contribuÃram em parte para a explicaÃÃo da distribuiÃÃo das briÃfitas nos fragmentos, onde o grau de abertura do dossel e altura das Ãrvores mostraram influÃncia sobre a riqueza de briÃfitas, principalmente sobre as epÃfitas de sombra. O efeito de borda nÃo foi confirmado para os 100m mensurados. Os resultados sugerem que fragmentos com menos de 300 ha podem apresentar-se mais seriamente comprometidos para preservaÃÃo de briÃfitas epÃfitas em longo prazo
ASSUNTO(S)
floresta atlÃntica edge effect efeito de borda briÃfitas botanica bryophytes atlantic rain forest fisionomia da vegetaÃÃo forest physiognomy
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