Efeitos da correção cirúrgica de estenose mitral sobre o ritmo cardíaco
AUTOR(ES)
SCHMIDLIN, Carlos Augusto, LOURES, Danton R. da Rocha, CARVALHO, Roberto Gomes de, MULINARI, Leonardo Andrade, SILVA Jr., Arleto Zacarias, BROMMELSTRÖET, Maricélia, CHOMA, Ricardo José, SHIBATA, Sérgio, LEITÃO, Luciano Augusto, SILVA, Fábio Rodrigues, ULTRAMARI, Frederico Thomaz
FONTE
Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001-06
RESUMO
Objetivo: Determinar a freqüência de reversão de fibrilação atrial (FA) ao ritmo sinusal (SA) em pacientes com estenose mitral (EM) submetidos a tratamento cirúrgico e identificar prováveis fatores favoráveis ou desfavoráveis a este evento. Casuística e Métodos: Estudo de caso-controle, envolvendo 53 pacientes com EM, sem acometimento de outras valvas, submetidos a correção cirúrgica. A população estudada apresentou as seguintes características: mulheres: 71,7%; idade média: 42,4 anos; classe funcional III: 67,9%; área mitral média: 0,92 cm²; átrio esquerdo médio: 56,0 mm; ritmo antes da operação: SA: 51,0% e FA: 49,0%. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com o ritmo apresentado no período pós-operatório tardio: grupo I, formado pelos pacientes que, após a operação, apresentavam ritmo SA e grupo II, constituído por aqueles que, no pós-operatório, estavam em FA. Resultados: Dez (18,9%) pacientes (em relação ao total; 38,5% em relação àqueles com FA) apresentavam FA no período pré-operatório e sofreram reversão para o ritmo SA no pós-operatório e em 2 pacientes (3,8% em relação ao total; 7,4% em relação àqueles em ritmo SA) houve degeneração do ritmo SA para FA. Houve diferença estatisticamente significativa (p < 0,05) entre os dois grupos apenas em relação a variável idade (p = 0,0456). Conclusões: A operação de correção de EM apresenta resultados insatisfatórios em relação à reversão da FA para ritmo SA, sugerindo a necessidade de associação de outro procedimento cirúrgico para restaurar o ritmo normal. Vários estudos tentaram identificar os fatores predisponentes à permanência e ao desenvolvimento de FA após a operação, porém foram obtidos resultados contraditórios. No presente estudo, a única variável que apresentou associação com a FA foi a idade avançada.
ASSUNTO(S)
estenose da valva mitral fibrilação atrial freqüência cardíaca
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