Melhora da disfunção ventricular esquerda após a correção cirúrgica da insuficiência mitral crônica grave

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Cardiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-01

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar se os diâmetros sistólicos finais do ventrículo esquerdo (DS) ³ 51mm em pacientes (pt) com insuficiência mitral crônica grave (IM) são indicadores de mau prognóstico após a cirurgia valvar mitral (CVM). MÉTODOS: Estudamos os dados clínicos e ecodopplercardiográficos pré-operatórios (pré), mediana de 36 dias, pós-operatórios precoces (pós1), mediana de 9 dias, e pós-operatórios tardios (pós2), média de 38,5±37,6 meses, em 11 pt (idade = 36±13 anos) com IM e DS >=51mm (média = 57±4mm) submetidos à CVM. Dez pt estavam em classe funcional III/IV da NYHA. RESULTADOS: Todos melhoraram de classe funcional, exceto 2. Dois faleceram devido à insuficiência cardíaca e endocardite infecciosa, 14 e 11 meses após a cirurgia, respectivamente. De acordo com a fração de ejeção (FE) no pós2 constatou-se existir 2 grupos: grupo 1 (n=6), cuja FE diminuiu no pós1, mas aumentou no pós2 (p=0,01) e grupo 2 (n=5), cuja FE diminuiu progressivamente do pós1 para o pós2 (p=0,10). Todos os pacientes com duração dos sintomas <=48 meses experimentaram melhora na FE no pós2 (p=0.01). CONCLUSÃO: DS >=51mm não estão sempre associados a prognóstico ruim após a CVM em pt com IM. A duração dos sintomas até 48 meses está associada à melhora da função ventricular esquerda.

ASSUNTO(S)

regurgitação mitral disfunção ventricular esquerda tratamento cirúrgico cirurgia valvar mitral

Documentos Relacionados