Doença parenquimatosa renal: correlação histológico-sonográfica
AUTOR(ES)
Araújo, Nordeval Cavalcante, Rioja, Lilimar da Silveira, Rebelo, Maria Alice Puga
FONTE
Revista da Associação Médica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-02
RESUMO
OBJETIVO: Este estudo foi planejado para avaliar a correlação da ecografia do rim com as lesões histológicas e com os achados clínico-laboratoriais na doença parenquimatosa renal, por análise de regressão logística multivariada. MÉTODOS: Os dados clínicos, laboratoriais, ecográficos e as biópsias foram avaliados em 154 pacientes. A ecogenicidade cortical foi graduada como menor que grau zero, igual a grau um ou maior que grau dois a do parênquima hepático ou esplênico. As lesões histológicas - proliferação mesangial (PM), permeação leucocitária (PL), crescente e necrose fibrinóide (CNF), infiltrado inflamatório intersticial (II), esclerose glomerular segmentar (ES), obsolescência glomerular (OG), atrofia tubular (AT), fibrose intersticial (FI) e edema intersticial (EI) - foram graduadas de acordo com a extensão, em normal (0%), leve (<25%), moderada (>25% <50%), e grave (>50%). RESULTADOS: a) II, FI, ES, EI e creatinina elevada ocorreram menos no grau 0 de ecogenicidade cortical; b) PM, hipertensão arterial e espessura normal do parênquima foram preditores do grau 1 de ecogenicidade cortical; c) FI, EI, creatinina elevada e parênquima fino foram preditores do grau 2 de ecogenicidade cortical; d) Excluindos os obesos, em jovens com hematócrito baixo, a pirâmide proeminente foi mais comum; e) Creatinina elevada e OG foram preditores de rins pequenos. CONCLUSÃO: A ecogenicidade cortical foi um sensível marcador de doença parenquimatosa renal. Lesões distintas mais do que o grau de severidade da lesão contribuiram para o aumento da ecogenicidade cortical. O EI aumenta exponencialmente o efeito da FI na ecogenicidade cortical.
ASSUNTO(S)
nefropatias biópsia por agulha ecogenicidade cortical correlação sonográfico-histológica biópsia renal doença renal tamanho renal
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