Disfagia orofaríngea em pacientes com esclerose múltipla: as escalas de classificação da doença refletem a gravidade da disfagia?

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. j. otorhinolaryngol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-08

RESUMO

A esclerose múltipla é uma afecção neurológica que envolve distúrbios da deglutição. Muitos estudos têm mostrado associação entre o comprometimento neurológico e o desempenho da deglutição, porém, os resultados têm sido conflitantes. OBJETIVO: Identificar a frequência de disfagia nos pacientes com esclerose múltipla e os indicadores neurológicos que podem representar o desempenho da deglutição. MÉTODO: Neste estudo (estudo transversal), 120 pacientes com esclerose múltipla foram submetidos à avaliação funcional da deglutição por fibronasofaringolaringoscopia, cujos resultados foram comparados com a pontuação das escalas de classificação (Formas Clínicas Evolutivas da Doença, Escala de Incapacidade Funcional por Sistemas e Escala Ampliada de Incapacidade Funcional [Kurtzke Expanded Disability Status Scale]). RESULTADOS: A disfagia foi identificada em 90% dos pacientes. Dentre as formas clínicas, as formas progressivas (primária progressiva e secundária progressiva) apresentaram com maior frequência disfagia grave, enquanto a forma remitente-recorrente apresentou mais frequentemente disfagia leve e moderada. Em relação à Escala de Incapacidade Funcional por Sistemas, as funções cerebelares, do tronco encefálico e mental tiveram associação com a disfagia, especialmente na forma grave. Quanto à Escala Ampliada de Incapacidade Funcional, pontuações mais altas se associaram aos quadros graves de disfagia. CONCLUSÃO: A disfagia é frequente em pacientes com esclerose múltipla, especialmente naqueles com maior comprometimento das funções neurológicas.

ASSUNTO(S)

avaliação da deficiência esclerose múltipla transtornos de deglutição

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