Tratamento imunomodulador na esclerose múltipla: experiência em um centro brasileiro com 390 pacientes
AUTOR(ES)
Tilbery, Charles Peter, Mendes, Maria Fernanda, Oliveira, Bianca Etelvina Santos de, Thomaz, Rodrigo Barbosa, Kelian, Giorge Ribeiro
FONTE
Arquivos de Neuro-Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-03
RESUMO
A partir de 1993, com a aprovação pela Federal Drug Administration (FDA) do uso de imunomoduladores na esclerose múltipla (EM), houve alterações significativas na história natural da doença. OBJETIVO: Avaliar o comportamento dos pacientes com uso de imunomoduladores no decorrer de 5 anos. MÉTODO: Foram atendidos 589 pacientes no CATEM, sendo selecionados 475 pacientes e excluídos os portadores das formas progressiva secundária sem surtos (PS) e progressiva primária (PP). RESULTADOS: No início do tratamento 292 (61,5%) pacientes apresentavam a forma RR, 98 (20,6%) forma PSS, 27 PS (5,6%) e 58 (12,1%) PP. Na forma EMRR 182 (62,5%) utilizaram o interferon beta 1a SC 3x/semana, 15 (5,2%) interferon beta 1a IM 1x/semana, 85 (29%) interferon beta 1b e 10 (3,3%) acetato de glatiramer; na forma EMSP 63 (64,3%) utilizaram o interferon beta 1a SC, 4 (4,1%) interferon beta 1a IM e 31 (31,4%) interferon beta 1b. 35 (9%) pacientes pararam de utilizar a medicação, 195 (50%) migraram entre imunomoduladores e 160 (41%) pacientes continuaram usando o imunomodulador inicial. CONCLUSÃO: Não tivemos a intenção de comparar os interferons beta a fim de demonstrar qual o melhor ou qual teve maior falência. Contudo, é fato que o risco de falência das medicações a partir do segundo ano de tratamento ocorre e pode ser por pacientes não responsivos aos interferons beta ou ao surgimento dos anticorpos neutralizantes.
ASSUNTO(S)
esclerose múltipla terapia imunomoduladora falha terapêutica
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