Migração medicamentosa de imunomoduladores em esclerose múltipla: estudo em 152 pacientes
AUTOR(ES)
Jordy, Sergio Semeraro, Tilbery, Charles Peter, Fazzito, Mirella Martins
FONTE
Arquivos de Neuro-Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-03
RESUMO
INTRODUÇÃO: Na última década foram introduzidos os imunomoduladores para o tratamento da esclerose múltipla (EM) forma remitente-recorrente (RR). OBJETIVO: Complementar o relato anterior da experiência de centro brasileiro no acompanhamento dos pacientes em uso dos imunomoduladores. MÉTODO: 390 pacientes que faziam uso de imunomoduladores no Centro de Atendimento à Esclerose Múltipla (CATEM), foram subdivididos por tempo de uso em três grupos, avaliando-se as ocorrências de: abandono, gravidez, conversão da forma RR para secundária progressiva (SP) e da aderência. RESULTADOS: No Grupo 1, foram observados abandono do uso de imunomoduladores em 98 pacientes (25%) e aderência de 292 casos (74%); no Grupo 2, interrupção da medicação, no total de 140 pacientes, 92 (31%) por conversão para a forma SP, 14 (5%) por gravidez e 34 (11%) por abandono, mantendo a aderência em 88% dos demais pacientes; no Grupo 3, conversão em 41 (26%) dos casos, gravidez em 3 (2%) e abandono em 42 (27%). A aderência se manteve em 72%. O índice de migração foi de quase um terço (31,57%), no grupo 3, tendo como principais causas: a falha terapêutica e efeitos colaterais realizando-se a migração do imunomodulador em 0,5-2,5 anos. CONCLUSÃO: A percentagem de abandono observada é compatível com os dados encontrados na literatura mundial.
ASSUNTO(S)
esclerose múltipla tratamento imunomoduladores aderência migração abandono
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