DinÃmica espaÃo-temporal em um fragmento de savana decÃdua espinhosa, semi-Ãrido do Brasil / Spatiotemporal dynamics in a fragment of deciduous savanna thorny, semi-arid region of Brazil

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

05/02/2010

RESUMO

Em ambientes savÃnicos, a variaÃÃo na densidade de Ãrvores, devido à maior disponibilidade de umidade no solo, resulta em uma paisagem espacialmente heterogÃnea e altamente dinÃmica no tempo e no espaÃo. Assim, constituem locais ideais para testar o modelo de dinÃmica de manchas em metacomunidades. Comunidades ecolÃgicas podem ser vistas como sistemas dotados de mecanismos de autocontrole. Assumir as comunidades vegetais como sistemas implica em aceitar que elas obedecem a regras comuns que regem quaisquer tipos de sistema, seja ele biolÃgico ou nÃo. Dessa forma, as comunidades vegetais devem apresentar trÃs premissas principais: (1) apresentar caracteres estruturais e funcionais, ou seja, à possÃvel distinguir os elementos que a compÃem, descrever seu arranjo no tempo e espaÃo e identificar as interaÃÃes entre eles; (2) nÃo ser uma coleÃÃo desorganizada de elementos, mas ao contrÃrio, a maneira como as espÃcies co-habitam està estruturada de forma organizada no tempo e espaÃo e (3) ser uma construÃÃo decorrente da atuaÃÃo de processos temporais que atuam mantendo certa estabilidade temporal. Baseado nessas premissas analisou-se a dinÃmica espaÃo-temporal de parÃmetros estruturais (densidade e biomassa) da comunidade e de populaÃÃes presentes em um fragmento de caatinga visualmente conservado. As anÃlises foram realizadas em uma parcela permanente de 1 hectare, instalada na Reserva Natural Serra das Almas, CearÃ, em dois tempos distintos (2002 e 2008). Verificou-se que o nÃmero de espÃcies, a composiÃÃo e a densidade total do sistema foram praticamente constantes no intervalo de tempo analisado. Com isso, o tamanho das populaÃÃes pouco alterou e a estrutura da comunidade manteve-se estÃvel. Diante disso, a comunidade apresentou padrÃes de co-ocorrÃncia bem definidos, com tendÃncia de estruturaÃÃo por competiÃÃo de espÃcies. Espacialmente, ocorreram diferenÃas entre locais (parcelas) vizinhos, onde a composiÃÃo de cada um definiu quais apresentavam maior ou menor dinamicidade. O aumento considerÃvel da biomassa total da parte aÃrea, potencialmente resultante de regeneraÃÃo antrÃpica, demonstra que a comunidade analisada encontra-se em estado intermediÃrio da fase de regeneraÃÃo. Com base na heterogeneidade espacial registrada verifica-se que o que o modelo de dinÃmica de manchas pode ser testado em pequena escala para avaliar a dinÃmica da vegetaÃÃo de caatinga e, conseqÃentemente, inferir sobre a capacidade de suporte do sistema aos efeitos antropogÃnicos e distÃrbios climÃticos

ASSUNTO(S)

ecologia crescimento biomÃtrico dinÃmica de manchas mortalidade biometric growth patch dynamics stability comunidades vegetais biomassa caatinga estabilidade recrutamento recruitment mortality

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