Depressão maior em pacientes com dor torácica não cardíaca: Quem vai tratar?
AUTOR(ES)
Fráguas, Renério, Nobre, Moacyr Roberto Cuce, Wajngarten, Mauricio, Cardeal, Marcus Vinicius, Figueiró, João Augusto Bertuol, Iosifescu, Dan V., Teixeira, Manoel Jacobsen
FONTE
Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
OBJETIVO: Investigar a presença de transtornos psiquiátricos em pacientes com dor torácica de origem não cardíaca que não respondem aos tratamentos regulares. MÉTODO: Dezoito pacientes com dor torácica sem origem cardíaca e considerados por seus clínicos como não respondentes aos tratamentos regulares instituídos foram avaliados por um psiquiatra treinado. As entrevistas foram realizadas com base no Present State Examination e os diagnósticos psiquiá-tricos, de acordo com os critérios do Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana, 3ª Edição Revisada (DSM-III-R). RESULTADOS: Depressão maior no momento da avaliação foi diagnosticada em 6 (30%) pacientes, somatização em 1 (6%) e transtorno do pânico em 1 (6%) paciente. Sete pacientes estavam recebendo antidepressivos tricíclicos com doses < 75 mg/dia. CONCLUSÕES: A baixa dose de ADTs usadas para o tratamento da dor nesses pacientes pode ter melhorado parcialmente os sintomas depressivos, tornando mais difíceis o diagnóstico e o tratamento apropriado(s) da depressão e, assim, contribuindo para a persistência da dor e outras queixas. As futuras pesquisas deverão focalizar a eficácia do tratamento da depressão nesses pacientes e o impacto deste no alívio da dor torácica não cardíaca.
ASSUNTO(S)
depressão cardiologia dor tratamento atenção primária
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