Terapia de ressincronização cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca: revisão sistemática

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Medical Journal

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-01

RESUMO

CONTEXTO E OBJETIVO: A terapia de ressincronização cardíaca (TRC) surgiu como a estratégia de tratamento elétrico predominante para pacientes com insuficiência cardíaca com QRS largo e baixa fração de ejeção. O objetivo foi investigar se a terapia de ressincronização cardíaca melhora a mortalidade e morbidade dos pacientes com insuficiência cardíaca. MÉTODOS: Esta é uma revisão sistemática que utilizou a metodologia da Colaboração Cochrane. A estratégia de busca eletrônica incluiu a Biblioteca Cochrane, Medline, Lilacs e congressos de cardiologia de 1990 a 2006. Os critérios de inclusão foram os seguintes: tipos de estudos: estudos clínicos randomizados; tipos de intervenções: terapia de ressincronização cardíaca comparada com outras terapias; tipos de participantes: pacientes com insuficiência cardíaca com baixa fração de ejeção e QRS largo; desfechos: mortalidade, hospitalização. RESULTADOS: Sete estudos foram incluídos. O risco de morte devida à insuficiência cardíaca congestiva foi insignificante: risco relativo (RR) = 0.79; intervalo de confiança (IC) de 95% = 0.60 a 1.03; houve redução de 4% do risco absoluto de mortalidade por todas as causas no grupo experimental #&091;RR 0.70; IC: 0.60 a 0.83; número necessário para tratar (NNT) = 25#&093;; morte cardíaca súbita mostrou ter diferença estatisticamente significante favorável ao grupo experimental, com redução de 1% do risco absoluto (IC: 0.46 a 0.96; RR 0.67; NNT= 100). Houve redução de 9% do risco absoluto de hospitalização devido a insuficiência cardíaca (RR 0.64; IC: 0.50 a 0.80; NNT =11) no grupo experimental. CONCLUSÕES: Pacientes em TRC tiveram risco de hospitalização por falência cardíaca significativamente mais baixo, mas os índices de mortalidade por insuficiência cardíaca foram semelhantes.

ASSUNTO(S)

insuficiência cardíaca sistema de condução cardíaco bloqueio de ramo marca-passo artificial mortalidade

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