De Oyó-Ilé a Ilé-Yo: Xangô e o patrimônio civilizatório nagô na identidade de um rapper afrodescendente / From the Oyó-Ilé to the Ilé-Yo: Xangô and the civilizatory nagô patrimony in the identity of an afrodescendent rapper

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A presente pesquisa procura compreender como o patrimônio civilizatório dos iorubás - conhecidos como nagôs no Brasil - possibilita que identidades afrodescendentes se constituam com um sentido emancipatório ao respeitarem a liberdade das diferenças com a valorização da igualdade social. O respeito à alteridade é valor fundamental entre os nagôs e o candomblé, um dos grandes depositários da sua tradição, dissemina esse valor principalmente por meio da mitologia iorubana. Retratada aqui como parte desse patrimônio civilizatório, tal mitologia traz na figura dos orixás a busca de uma sociedade em que haja espaço para a diversidade dos tipos humanos, de forma igualitária. Para compreender como a herança originária de um pedaço de África possibilita que identidades afrodescendentes se constituam com um sentido emancipatório, foi realizado um estudo de caso envolvendo a história de vida de Ilícito - um rapper que, em suas músicas, demonstra compartilhar muitos dos aspectos presentes no legado africano em questão. Entre eles, está a identificação com as figuras dos orixás, especialmente com Xangô. O enredo em torno desse orixá permite-nos explorar um pouco mais a questão do respeito à alteridade presente entre os nagôs. Como suporte teórico desta pesquisa, é utilizada a abordagem teórico-metodológica de Antonio da Costa Ciampa, para quem identidade é o processo de metamorfose em busca da emancipação humana

ASSUNTO(S)

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