Curiosidade e coordenações de ações : vetores da aprendizagem no ambiente escolar

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

Esta dissertação tem como foco o estudo do jogo empreendido entre as curiosidades e as coordenações das ações de um grupo de alunos das Séries Iniciais do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CAp/UFRGS). A turma participante da pesquisa frequentava o 1º ano em 2009, sendo que atuei nesta turma como professora no referido ano. Em 2010, retornei à mesma turma, já no 2º ano, para a continuação da coleta de dados. Tendo a Epistemologia Genética como base teórica, meu movimento de ser professora foi constituindo-se também como de ser pesquisadora na medida em que via, nas ações dos alunos, possibilidades de compreender o percurso de seu pensamento. As questões que orientam esta pesquisa são: Como a busca ativa para satisfazer a curiosidade se desenvolve? Quais são as formas de coordenações de ações resultantes da busca ativa da curiosidade? Minha hipótese era de que ao agir em função de uma curiosidade o sujeito poderia coordenar ações que se apresentam de diferentes formas. Constatei, então, três níveis de desenvolvimento, os quais foram estabelecidos por critérios de conservação e busca pela curiosidade, apresentados pela criança. As coordenações de ações foram empreendidas nas formas de criação de pergunta, relações parte e todo, implicação significante, comparações, seriação, classificação e cooperação. Tais formas de coordenações evidenciam que operar com a curiosidade pode contribuir para o desenvolvimento infantil, o qual, neste caso, é movido pelo interesse. Com isso, as ações docentes deixam de ter um roteiro fixo para aventurar-se pelos labirintos da curiosidade infantil.

ASSUNTO(S)

curiosity infância desenvolvimento cognitivo coordination of actions genetic epistemology curiosidade epistemologia genética teacher researcher

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