Criar uma idiocultura para promover o desenvolvimento de crianças com paralisia cerebral
AUTOR(ES)
Braga, Lucia Willadino, Rossi, Luciana, Cole, Michael
FONTE
Educação e Pesquisa
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-04
RESUMO
Este estudo apresenta os resultados preliminares da adaptação de um sistema educacional, chamado Quinta Dimensão, no qual a interação social é um meio para a generalização da informação e base para o desenvolvimento de habilidades. Foi criado originalmente por Michael Cole no Laboratório de Cognição Humana Comparada, Universidade da Califórnia, San Diego, e pela primeira vez é aplicado em um contexto de reabilitação com crianças com lesão cerebral na Rede SARAH de Neurorreabilitação, Brasília. Alunos de graduação em psicologia e pedagogia participam do programa e interagem de maneira lúdica e educativa com crianças com paralisia cerebral. Ambos são envolvidos em atividades de aprendizagem colaborativa. Na interação com a criança, os alunos são encorajados a colocar em prática conceitos teóricos formais e, também, vivências individuais. Resultados indicam efeitos positivos sobre o desenvolvimento da criança e aprendizagem do aluno de graduação e mostram caminhos alternativos na educação da criança deficiente. Neste artigo, descrevemos as alterações feitas no programa original para adaptá-lo à reabilitação configurada, assim como os artefatos que medeiam a atividade, necessário para a interação e expressão da criança com paralisia cerebral. Também são discutidos e apresentados os efeitos da atividade sobre o desenvolvimento da criança - com base em relatórios dos pais - e do impacto sobre o processo de aprendizagem dos alunos de graduação. O programa abre caminhos alternativos para uma reflexão sobre e educação da criança com lesão cerebral, com base no desenvolvimento do potencial individual, o contexto e os interesses.
ASSUNTO(S)
interação social aprendizagem colaborativa desenvolvimento cognitivo paralisia cerebral reabilitação
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