Cost-effectiveness of hypertension treatment: a population-based study

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Medical Journal

DATA DE PUBLICAÇÃO

2002-07

RESUMO

CONTEXTO: O custo-efetividade do tratamento da hipertensão tem sido pouco investigado em estudos de base populacional. A maior parte do conhecimento nesta área provém de dados sobre participantes de ensaios clínicos randomizados e do controle administrativo. OBJETIVO: Descrever os custos com a atenção à saúde para o tratamento da hipertensão em comparação com diabetes mellitus e bronquite crônica e examinar o custo-efetividade de diferentes classes de anti-hipertensivos, desconsiderando admissão hospitalar. TIPO DE ESTUDO: estudo transversal de base populacional. LOCAL: Região urbana de Pelotas, sul do Brasil. PARTICIPANTES: Indivíduos com idade entre 20-69 anos, identificados por meio de uma amostra probabilística por estágios múltiplos. MÉTODOS: Participantes foram entrevistados no domicílio. Dados demográficos, sobre educação, renda, tabagismo, morbidade prévia, uso de medicamentos e outras características foram avaliados por um questionário pré-testado, sendo a pressão arterial aferida com o indivíduo sentado e de maneira padronizada. RESULTADOS: Aproximadamente 24% dos participantes tinham pressão alta ou faziam uso de anti-hipertensivos e, entre eles, 33% tinham realizado consulta médica no mês precedente à entrevista. O custo médio mensal do cuidado com a hipertensão (R$ 89,90), diabetes (R$ 80,64) e bronquite (R$ 92,63) foi semelhante. O tratamento da hipertensão consumiu 22,9% da renda per capita, correspondendo a R$ 392,76 gastos anualmente exclusivamente em medicamentos anti-hipertensivos. A maior parte dos custos diretos associados com hipertensão e diabetes foi devida a medicamentos, enquanto pacientes com bronquite crônica tiveram mais despesas com consultas. A relação de custo-efetividade foi mais favorável para diuréticos (116.3) e betabloqueadores (228.5) do que para inibidores da enzima de conversão da angiotensina (608.5) ou bloqueadores dos canais de cálcio (762.0). CONCLUSÃO: O custo do cuidado ambulatorial com a hipertensão foi dependente principalmente do tratamento anti-hipertensivo. O tratamento da hipertensão com diuréticos ou betabloqueadores foi mais custo-efetivo do que o tratamento com inibidores da enzima de conversão de angiotensina e bloqueadores dos canais de cálcio.

ASSUNTO(S)

custo-efetividade hipertensão arterial. tratamento diuréticos betabloqueadores

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