Condições de saúde bucal em trabalhadores de uma indústria metalúrgica da região metropolitana de Salvador

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Este estudo, de caráter transversal, foi desenvolvido a partir da análise de dados secundários, provenientes dos diagnósticos epidemiológicos em saúde bucal realizado nos anos de 1999, 2000, 2001, 2002 e 2003, envolvendo trabalhadores de uma indústria metalúrgica na região metropolitana de Salvador, que realizou a implantação de um Programa de Saúde Bucal na Empresa PSBE. A população elegível correspondeu a todos os trabalhadores da empresa. Esses participaram do exame odontológico periódico entre os anos estudados, podendo ter realizado um ou mais exames nesse período. Teve como objetivo avaliar sexo; idade; realização do primeiro exame; cargo ocupado, sendo os trabalhadores agrupadas em administrativo ou produção; e condição de urgência; além das condições de saúde bucal, analisando prevalência e severidade da doença periodontal, através do Índice Comunitário de Necessidade de Tratamento Periodontal em 1999 e do Índice Periodontal Comunitário e Perda de Inserção Periodontal nos outros anos; prevalência e localização de lesão de mucosa; uso e necessidade de prótese. Com base nos resultados, pôde-se notar que houve uma predominância de trabalhadores do sexo masculino e poucos apresentavam condição de urgência. A média de idade nos anos de 1999, 2002 e 2003 foi de 39 anos (Desvio Padrão 9). Ao se avaliar as condições de saúde bucal, em relação à doença periodontal, o sextante superior anterior foi o que apresentou maior percentual de saúde enquanto que o sextante inferior anterior foi o mais acometido por cálculo dental, variando de 63,5 a 74,7%. O percentual de trabalhadores sem alteração de mucosa variou de 70,6% a 90,7%, com o passar dos anos, sendo o palato o local mais acometido, e o tipo mais freqüente foi a lesão vermelha, que variou de 5,8% a 17,5%. Na arcada superior o percentual de trabalhadores que não faziam uso de prótese foi de 37,7% a 42,7%, já na arcada inferior este percentual variou de 45,4% a 53%, sendo a prótese unitária a mais usada em ambas arcadas, com exceção de 2000 que teve a parcial removível como a mais utilizada na arcada inferior. A prótese que os trabalhadores mais tinham necessidade era a fixa, em ambas as arcadas, variando de 16,6% a 28,4%. A partir da análise dos resultados pôde-se concluir que o percentual de trabalhadores que apresentaram condição de urgência foi muito baixo, com pequena variação ao longo dos anos; a doença periodontal permaneceu estável, estando controlada nos anos estudados; houve uma redução no percentual de indivíduos com alterações de mucosa; e uma grande quantidade de trabalhadores fazia uso e não tinha necessidade de prótese, provavelmente devido ao percentual elevado de cobertura assistencial

ASSUNTO(S)

epidemiologi, doença periodontal periodontal disease lesões de mucosa protese occupational health oral mucosal lesion saúde do trabalhador oral health saude bucal epidemiology odontologia prosthesis

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