Composição de portfólios por pairs trading com critério de volatilidade no mercado brasileiro,

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. contab. finanç.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-08

RESUMO

RESUMO O objetivo do trabalho foi compreender de que forma a volatilidade das ações afetam a dinâmica dos portfólios formados com uso do modelo de arbitragem por pares ou pairs trading no mercado acionário brasileiro. Este artigo diferenciou-se por trazer novas evidências acerca dos efeitos da volatilidade no modelo de pairs trading não abrangidos por estudos anteriores, ampliando o tamanho da amostra analisada no mercado acionário brasileiro. A relevância do tema escolhido reside no fato de modelos de arbitragem por pairs trading ou long-short serem utilizados por investidores para construção de suas carteiras. A utilização dos conceitos de cointegração contribui probabilisticamente para a formação de portfólios fracamente correlacionados aos índices de mercado com desempenho superior. Este artigo tem impacto na área por contribuir com novas evidências para uma melhor utilização do modelo na análise de investimentos. Analisou-se, no período de janeiro de 2016 até dezembro de 2018, os 90 ativos mais líquidos da Bolsa, Brasil, Balcão (B3), totalizando 5.927.400 pares possíveis. Para avaliação dos critérios de cointegração utilizou-se o teste Dickey-Fuller Aumentado e posterior backtesting dos pares no período proposto. A análise estatística foi realizada por testes paramétricos e não paramétricos e análises de correlações de Pearson e Spearman. Os resultados encontrados indicaram que a formação de carteiras por pairs trading com ativos dependentes com critério de maiores níveis de volatilidade (20 períodos) apresentaram um desempenho superior. Esses achados podem ser justificados por uma melhor relação de risco e retorno para a carteira, mensurada pelo Índice de Sharpe dos retornos obtidos em relação à volatilidade da carteira, quando comparada a uma formação das carteiras baseada em uma seleção aleatória dos pares. Além disso, os resultados também apresentaram baixa correlação dos retornos em relação ao índice de mercado. Constatou-se, assim, que apenas a aplicação da metodologia de análise por cointegração estatística não garante resultados diferenciados da média de mercado.

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