Clustering e switching em deficientes auditivos usuários do português brasileiro: fluência verbal semântica e fonológica

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. CEFAC

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-04

RESUMO

RESUMO Objetivo: descrever as características de clustering e switching da prova de fluência verbal semântica e fonológica de deficientes auditivos adultos - usuários do português brasileiro - e verificar sua relação com o total de palavras evocadas e fatores biossociais. Métodos: 42 indivíduos deficientes auditivos adultos, usuários do português brasileiro oral participaram desta pesquisa. Realizaram as provas de fluência verbal semântica ("animais") e fonológica ("palavras com 'F'") e foram contabilizados: (a) número total de palavras, (b) número de categorias evocadas, (c) tamanho médio do cluster e (d) número de switches. Comparou-se aos dados biossociais e às características da deficiência auditiva e do dispositivo auditivo eletrônico. Resultados: o total de palavras evocadas foi de 16,38±6,18 para prova semântica e 10,88±6,1 para fonológica, sendo acessadas todas as categorias previamente estabelecidas. A média do tamanho do cluster foi de 1,41±0,8 para fluência verbal semântica e 0,71±0,73 para fonológica. O número médio de switches foi de 7,14±3,69 para fluência semântica e 6,36±4,17 para fonológica. Em ambas as provas, o número de switches apresentou relação forte e positiva com o total de palavras (p<0,001); e o tamanho do cluster com o total da prova fonológica (p=0,011). A escolaridade influenciou o total de palavras evocadas, o clustering e switching. O grau e época de aquisição da deficiência auditiva, bem como o uso de dispositivo auditivo eletrônico não tiveram relação com as variáveis avaliadas. Conclusão: as habilidades de clustering e switching nos deficientes auditivos são influenciadas pela escolaridade, sem relação direta com as características da deficiência auditiva.

ASSUNTO(S)

perda auditiva linguagem auxiliares de audição cognição

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