Citotoxicidade e atividade antitumoral do Ãcido Ãsnico de Cladonia Substelllata encapsulado em microesferas de copolÃmero de Ãcido lÃctico e glÃcolico (PLGA)

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

Na tecnologia de sistemas de liberaÃÃo controlada, a microencapsulaÃÃo de fÃrmacos envolve processos complexos que permitem incorporar, a um princÃpio ativo, novas propriedades funcionais e âinteligentesâ, como a liberaÃÃo controlada em um meio especific o ou sob condiÃÃes apropriadas, tornando o produto final mais eficaz e menos tÃxico. PoliÃsteres biodegradÃveis, como derivados de Ãcido lÃtico e glicÃlico e seus copolÃmeros (PLGA), sÃo freqÃentemente utilizados para a preparaÃÃo de sistemas de liberaÃÃo controlada na forma de micropartÃculas. O PLGA tem sido amplamente usado na formulaÃÃo de microesferas que contem agentes farmacÃuticos tais como anticancerÃgenos. O Ãcido Ãsnico (AU), metabÃlito secundÃrio oriundo de liquens, apresenta diferentes atividades biolÃgicas e pode ser considerado um promissor agente quimioterÃpico. O presente trabalho tem como objetivo obter microesferas de PLGA contendo Ãcido Ãsnico extraÃdo de Cladonia substellata, caracterizÃ-las fÃsicoquimicamente, avaliar seu perfil de cinÃtica de liberaÃÃo in vitro, avaliar a citotoxicidade e a sua atividade antitumoral in vivo. As microesferas de PLGA foram obtidas pelo mÃtodo de emulsÃo mÃltipla seguido da evaporaÃÃo do solvente, com e sem a presenÃa de polietilenoglicol (PEG) utilizado como tensoativo da emulsÃo simples. A morfologia, assim como, o tamanho das micropartÃculas foi avaliado por microscopia eletrÃnica de varredura. O doseamento quÃmico do AU extraÃdo das microesferas de PLGA foi quantificado por cromatografia liquida de alta eficiÃncia (CLAE). A cinÃtica de liberaÃÃo in vitro do AU foi realizada atravÃs da dissoluÃÃo em tampÃo fosfato pH 7,4, simulando as condiÃÃes fisiolÃgicas do organismo. Em intervalos de tempo predeterminados as amostras foram coletadas, centrifugadas e armazenadas para posterior anÃlise do conteÃdo de Ãcido Ãsnico por CLAE. O estudo da citotoxicidade foi realizado em cultura de tecidos com cÃlulas do tipo carcinoma epidermÃide de laringe (HEp-2). A avaliaÃÃo in vivo foi realizada em camundongos albinos Swiss, utilizando o tumor sÃlido sarcoma-180. O implante de cÃlulas ascÃticas do tumor nos animais foi efetuado 24 horas antes de iniciar o experimento. A quimioterapia ocorreu durante o perÃodo de uma semana. No 8 dia, os animais foram sacrificados e os tumores foram dessecados e pesados a fim de determinar a inibiÃÃo do tumor diante do tratamento quimioterÃpico. O fÃgado, baÃo e rins foram dissecados e submetidos à anÃlise histopatolÃgica. As microesferas de PLGA contendo AU apresentaram formas esfÃricas com diÃmetro mÃdio de aproximadamente 7 μm. Estas partÃculas permaneceram estÃveis durante 17 meses, no entanto, apresentaram uma reduÃÃo no conteÃdo de Ãcido Ãsnico de 105% para 61%. A cinÃtica de liberaÃÃo in vitro do Ãcido Ãsnico a partir das microesferas apresentou um perfil de liberaÃÃo rÃpida na primeira hora do processo, seguida por uma liberaÃÃo gradual do AU atà atingir a exaustÃo (92  0,04) em 5 dias. A concentraÃÃo de AU encapsulada necessÃria para inibir 50% do crescimento das cÃlulas HEp-2, CI50, foi de 14 mg/ml e 12 mg/ml para o AU livre. A microencapsulaÃÃo do AU potencializou a atividade antitumoral em 21% com relaÃÃo ao Ãcido Ãsnico nÃo encapsulado. As microesferas de PLGA contendo Ãcido Ãsnico podem ser exploradas como alternativa para o tratamento da quimioterapia contra o cÃncer

ASSUNTO(S)

farmacia tratamento quimioterapia - cÃncer microencapsulaÃÃo plga

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