Cativeiro e compadrio em um porto atlântico (Rio Grande, 1780-1850)
AUTOR(ES)
Matheus, Marcelo Santos
FONTE
Tempo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-08
RESUMO
Resumo: Dentro dos ditames de uma sociedade católica e escravista, o compadrio foi uma das formas de associação que os africanos e seus descendentes encontraram para (re)signifcar suas vidas e tornar menos dolorosa a experiência do cativeiro. Nesse sentido, este artigo tem por objetivo o estudo dos laços de compadrio a partir do batismo de escravos, com foco na documentação produzida em Rio Grande, porto ao sul do Brasil que mantinha relações econômicas e sociais com diversas partes do Atlântico, entre 1780 e 1850. Foi possível observar que a busca pelo batismo não respondia apenas à norma eclesiástica. Da mesma forma, identificamos mudanças no padrão do compadrio ao longo do tempo, com algumas diferenças interessantes entre a tendência geral e o compadrio de africanos em particular. Por fim, o compadrio, além de produzir relações sociais diversas, podia potencializar as chances de obtenção da liberdade.
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