CaracterÃsticas clÃnicas de crianÃas com paralisia cerebral em um serviÃo de referÃncia / Clinical characteristics of children with cerebral palsy in a reference service
AUTOR(ES)
Giovana Bezerra do Carmo
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
31/08/2006
RESUMO
Esta pesquisa teve como objetivo estudar as condiÃÃes clÃnicas de crianÃas com paralisia cerebral em um serviÃo de referÃncia em atendimento pediÃtrico no municÃpio de Fortaleza, bem como identificar os principais fatores de risco para a paralisia cerebral, determinar suas repercussÃes e o grau de comprometimento no desenvolvimento normal da populaÃÃo estudada, estabelecer o tempo mÃdio decorrido entre a percepÃÃo das alteraÃÃes do desenvolvimento pela famÃlia, o diagnÃstico e encaminhamento mÃdico e admissÃo da crianÃa no serviÃo. Trata-se de um estudo transversal descritivo, realizado no NÃcleo de AtenÃÃo MÃdico Integrada (NAMI) da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), no perÃodo de fevereiro a junho de 2005, onde foram avaliadas 85 crianÃas com diagnÃstico definitivo de Paralisia Cerebral (PC), na faixa etÃria de zero a doze anos, com alteraÃÃes sensÃrio-motoras em tÃnus, postura e movimento, dÃficits visuais e auditivos. Os dados coletados foram arquivados em base eletrÃnica EPI-INFO versÃo 6.01 e mostraram os seguintes resultados: a amostra foi constituÃda por 50,6% de crianÃas do sexo masculino, sendo a mÃdia de idade de 4 anos e 3 meses, 85,9% foram procedentes de Fortaleza com mÃdia de idade ao diagnÃstico de PC de 11 meses. Houve um grande percentual de crianÃas que sofreram complicaÃÃes neonatais (77,4%), tendo o desconforto respiratÃrio destacado-se fazendo com que 65,3% recebessem cuidados em UTI neonatal. A maioria das crianÃas apresentou PC do tipo espÃstica (69,1%), de grau severo (51,8%), tetraplÃgicas (71,4%), apenas 27% comunicavam-se verbalmente e 53% freqÃentavam a escola regularmente. Pode-se concluir que a maioria das crianÃas apresenta grave comprometimento sensÃrio-motor e que os primeiros sinais de tal comprometimento foram percebidos por seus familiares, apesar da grande maioria ter recebido atendimento pediÃtrico de rotina no 1Â ano de vida, poucas foram avaliadas e receberam algum tipo de orientaÃÃo sobre o desenvolvimento neuropsicomotor durante as consultas, fato esse que nos alerta sobre a necessidade de realizaÃÃo de conscientizaÃÃo junto a profissionais da atenÃÃo bÃsica para importÃncia da avaliaÃÃo periÃdica do desenvolvimento no 1Â ano de vida, para que se possa assim identificar e encaminhar crianÃas com possÃveis atrasos e patologias graves como a PC em tempo cada vez mais hÃbil, aumentando a probabilidade de uma melhor qualidade de vida.
ASSUNTO(S)
saude coletiva paralisia cerebral diagnÃstico tardio desenvolvimento infantil cerebral palsy delay child development
ACESSO AO ARTIGO
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7602Documentos Relacionados
- ResistÃncia primÃria do HIV-1 em pacientes atendidos no serviÃo de referÃncia HIV/AIDS do hospital das clÃnicas da UFPE
- ViolÃncia contra crianÃas e adolescentes: aspectos relativos aos atendimentos do Hospital de ClÃnicas de UberlÃndia e do Centro de ReferÃncia à Inf Ãncia e AdolescÃncia Vitimizada, UberlÃndia- MG
- Estudo da perda auditiva em crianÃas de zero a 14 anos atendidas em um serviÃo de referÃncia
- CaracterÃsticas clÃnicas e assistenciais de crianÃas com sibilÃncia/asma atendidas na rede de saÃde do municÃpio de Fortaleza.
- Ãlcera corneana em serviÃo oftalmolÃgico de referÃncia