âViva a LibertÃ!â: cultura polÃtica popular, revoluÃÃo e sentimento patriÃtico na independÃncia do GrÃo-ParÃ, 1790-1824
AUTOR(ES)
Adilson JÃnior Ishihara Brito
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Este trabalho se propÃe a discutir o processo de independÃncia brasileira a partir do contexto polÃtico vivido na provÃncia do GrÃo-ParÃ, entre meados do sÃculo XVIII e as duas primeiras dÃcadas do sÃculo XIX. O Ãngulo de visÃo escolhido para compreender esse intricado momento foi o da âsociedade polÃtica marginalâ, ou seja, dos grupos de homens e mulheres livres pobres e escravizados da provÃncia, que, embora nÃo estivessem situados nos espaÃos institucionalizados da polÃtica e do poder, construÃram variados sentidos para o processo de ruptura com Portugal, amparados no conhecimento que possuÃam das concepÃÃes e prÃticas da revoluÃÃo liberal que se expandia pela AmazÃnia, principalmente irradiada das fronteiras. Nos interstÃcios localizados entre as instituiÃÃes Ãulicas e o universo dos gestos e comportamentos marginais do dia-a-dia, foi sendo forjada uma rica e dinÃmica âcultura polÃtica popularâ, da qual partilhava a populaÃÃo semi-letrada e iletrada da provÃncia, notadamente os Ãndios, mestiÃos e, em menor proporÃÃo, os negros. A partir desses referenciais polÃticos, econÃmicos e sociais, esses sujeitos histÃricos construÃram seus projetos de futuro, geralmente embasados em um sentimento patriÃtico original, que propunha mudanÃas importantes na organizaÃÃo da sociedade e do poder, que melhor traduzissem o que entendiam por âdireitosâ, âliberdadeâ e âcidadaniaâ, que deveriam ser incorporados no debate constitucional do nascente ImpÃrio BrasÃlico. VisionÃrios de um devir verdadeiramente livre, construÃram suas prÃprias independÃncias, geralmente circunscritas Ãs prÃticas de revoluÃÃo que, no limite, ganhavam sentido nos gritos de âViva à LibertÃ!â
ASSUNTO(S)
political popular culture revolution grÃo-parà histÃrica polÃtica cultura polÃtica popular revoluÃÃo grÃo-parà independÃncia historia independence political history
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