Avaliação longitudinal do controle esfincteriano em uma coorte de crianças Brasileiras
AUTOR(ES)
Mota, Denise M., Barros, Aluisio J. D., Matijasevich, Alicia, Santos, Iná S.
FONTE
Jornal de Pediatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-10
RESUMO
OBJETIVOS: Avaliar a trajetória do controle esfincteriano em uma coorte de nascimento. MÉTODO: Quatro mil duzentos e trinta e uma crianças nascidas no ano de 2004, em Pelotas, RS, foram incluídas em um estudo longitudinal. Em visitas domiciliares realizadas aos 12, 24 e 48 meses, as mães responderam a um questionário com questões sociodemográficas, características dos hábitos miccionais e intestinais das crianças, com atenção ao treinamento esfincteriano. RESULTADOS: Aos 48 meses, a maioria das crianças estava sem fraldas durante o dia (98,5%) e à noite (83%), sem diferença entre os sexos. A idade média de início de treinamento esfincteriano foi 22 meses, com início mais precoce nas meninas. A duração média do treinamento foi de 3,2 meses, sem diferença entre os sexos. Crianças com atraso de desenvolvimento apresentaram controle esfincteriano mais tardio, havendo relação direta entre a intensidade do desvio da normalidade e a idade da retirada de fraldas. A orientação médica foi fornecida a 15,9% das mães. O treinamento iniciado antes dos 24 meses esteve relacionado com uma maior idade de controle esfincteriano e maior duração do treinamento. Crianças prematuras ou com baixo peso não apresentaram diferença significativa no tempo de treinamento e idade de aquisição do controle esfincteriano. CONCLUSÕES: Até os quatro anos de idade, a maioria das crianças, inclusive prematuros e de baixo peso ao nascer, obtém controle esfincteriano independentemente de fatores externos e do sexo. O início do treinamento (antes dos 24 meses) não antecipou o controle esfincteriano, apenas prolongou o tempo de treinamento.
ASSUNTO(S)
treinamento para uso do toalete criança controle esfincteriano epidemiologia
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