Avaliação dos precursores hematopoieticos da medula ossea de animais portadores de tumor ascitico de Ehrlich e tratados com diciclopentadienildiclorotitanio IV

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1997

RESUMO

Neste trabalho, avaliamos o crescimento e diferenciação de precursores hematopoiéticos da medula óssea e o número de células formadoras de anticorpos em animais portadores de Tumor Ascítico de Ehrlich, tratados com Diciclopentadienildiclorotitânio IV (DDCT). A sobrevida dos animais portadores de Tumor e tratados com DDCT, e os efeitos do soro de animais tratados com a droga sobre a atividade proliferativa de células de medula óssea de animais normais também foram investigados. Camundongos BALB/ cj machos, pesando aproximadamente 25g, receberam uma suspensão de células tumorais na cavidade intraperitoneal, sendo, posteriormente, divididos em três grupos. O grupo I recebeu uma dose única da droga DDCT 15mg/kg. Os grupos II e III receberam, respectivamente, duas e três doses de 15mg/kg da droga DDCT, administradas em dias consecutivos (uma dose por dia). A medula óssea foi retirada 24 horas após os tratamentos, as células formadoras de colônias (CFU-GM) foram estudadas pela técnica de cultura clonal em meio semi-sólido. Os resultados demonstraram que o desenvolvimento tumoral leva a uma mielosupressão. Entretanto, com a administração de uma dose (nos 1o e 5° dias de avaliação) e duas doses (em todos os dias avaliados) da droga DDCT, observamos proteção significativa contra atividade mielosupressora, induzida pelo tumor. Nos animais que receberam três doses, constatamos a presença de toxicidade, sendo que a proteção contra a atividade mielosupressora ocorrem somente no décimo dia de avaliação. Em relação à resposta humoral, não observamos diferença significativa entre os grupos avaliados. A sobrevida dos animais portadores do tumor e tratados com uma, duas e três doses da droga DDCT (15mg/kg) aumentou significativamente, em relação aos não tratados. Quanto à presença de fatores estimuladores no soro, verificamos que o de animais tratados com a droga promove o crescimento e diferenciação de células hematopoiéticas de animais normais. Concluímos, portanto, que a droga DDCT promove proteção contra atividade mielosupressora causada pelo desenvolvimento tumoral, a qual pode estar associada a uma ação indireta da droga. Deduzimos, ainda, que o composto não é mielosupressor e seu efeito antitumoral deve se, pelo menos em parte, à ação estimulante sobre o CFU-MG. Entretanto, no esquema terapêutico de três doses, observamos presença de toxicidade

ASSUNTO(S)

medula ossea

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