Avaliação de programas de educação continuada: análise da percepção do aluno e do seu modelo de decisão para escolha de programas de especialização para executivos no Brasil / Evaluation of programs of continuing education: analysis perception of students and their model of choice for decision programs of expertise for executives in Brazil

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Os pressupostos da teoria de avaliação de programas orientada ao consumidor estabelecem que o avaliador tem que identificar os resultados dos programas e seus valores sob a perspectiva das necessidades dos usuários. A avaliação deve ajudar os usuários a escolher entre programas concorrentes por meio de informações. Tendo por base esse arcabouço teórico, o objetivo geral desta pesquisa foi analisar as variáveis de avaliação de programas de especialização prevalecentes segundo a visão de especialistas que são aderentes aos modelos de decisão e de avaliação dos participantes. Concluiu-se que as melhores práticas de avaliação educacional sobre qualidade atendem às necessidades dos alunos no processo de decisão por programa de especialização para executivos a cursar e na avaliação dos programas em curso no contexto brasileiro. Essa constatação foi possível por meio do estudo das hipóteses da pesquisa, com a análise dos resultados da técnica Delphi, entrevistas e aplicação de questionários. Os constructos identificados na teoria de avaliação educacional e levantados na aplicação da técnica Delphi são internos (Corpo Docente, Qualidade das Disciplinas, Perfil da Turma, Infra-Estrutura, Biblioteca, Estudos de Casos, Gestão do Programa, Forma de Ingresso e Monografia) e externos (Reputação, Mercado de Trabalho, Análise de Valor, Classificação em Rankings, Satisfação do Empregador, Internacionalização e Custo). Especialistas, administradores de programas e professores criticam os rankings de melhores instituições de ensino, mas admitem que ainda dão visibilidade e credibilidade ao programa na percepção de alunos e empregadores. O desenvolvimento, a aplicação, os objetivos e os benefícios da avaliação educacional não são completamente compreendidos pelos interessados em programas de especialização. Esse fato é justificado pela carência de recursos no país para a formação específica na área e pouca produção científica sobre o assunto. O grande número de programas de especialização para executivos foi considerado prejudicial à qualidade percebida pelos empregadores e alunos, e causador da confusão entre programas lato e stricto sensus. Administradores de programas, professores, alunos, empregadores e especialistas atribuíram importância elevada aos constructos Reputação, Corpo Docente e Qualidade das Disciplinas. Para a avaliação educacional, o Custo foi considerado o de menor importância por especialistas, administradores de programas, professores e alunos. Entretanto, o mesmo constructo teve importância significativa para alunos no momento de escolha por um programa de especialização a cursar. Os constructos Monografia e Forma de Ingresso foram considerados de pouca importância pelos respondentes tanto para a avaliação educacional quanto para o modelo de decisão por programa de especialização a cursar. A hipótese de que os professores percebem mais valor nos constructos internos do que os alunos, administradores de programas e empregadores não foi aceita como verdadeira. A segunda hipótese, que sugeriu que especialistas percebem mais valor nos constructos internos do que alunos, administradores de programas e empregadores não foi aceita como verdadeira. A terceira hipótese sugeriu que os alunos percebem mais valor nos constructos externos do que professores, administradores de programas e especialistas. Constatou-se que os alunos percebem mais valor ao Mercado de Trabalho, Classificação em Rankings, Custo e Reputação para avaliação educacional do que os professores. A quarta hipótese sugeriu que os empregadores percebem mais valor nos constructos externos do que especialistas e professores, mas nenhuma diferença significativa foi apontada pelos testes. A quinta hipótese (alunos ingressantes percebem mais valor nos constructos externos do que nos internos para o modelo de decisão por programa de especialização a cursar) e a sexta (alunos percebem mais valor nos constructos internos do que nos externos para a avaliação educacional) não foram aceitas, pois nenhuma diferença significativa foi identificada entre as médias dos constructos.

ASSUNTO(S)

education avaliação de programas educacionais educação permanente finanças - estudo e ensino evaluation of educational programs finance - study and teaching

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