Avaliação da pressão venosa periférica na esclerose sistêmica
AUTOR(ES)
Potério-Filho, João, Sampaio-Barros, Percival D., Potério, Glória Maria Braga, Samara, Adil M., Marques Neto, João Francisco
FONTE
Revista Brasileira de Reumatologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004-02
RESUMO
OBJETIVO: Estabelecer a utilidade da medida indireta da pressão venosa periférica (PVP) na avaliação de pacientes com esclerose sistêmica (ES), comparando com uma população controle normal. MÉTODOS: Estudo prospectivo avaliando 18 pacientes esclerodérmicas do sexo feminino (sendo oito delas com úlcera cutânea isquêmica) submetidas à medida indireta da PVP (por pletismografia). Os dados foram comparados a um grupo controle normal de 18 mulheres hígidas, pareadas para idade. RESULTADOS: Os níveis de pressão arterial foram semelhantes nos dois grupos. Os valores de PVP estavam significativamente diminuídos nos pacientes com ES (58.9 ± 11.6 mmHg no grupo ES e 96.9 ± 7.1 mmHg no grupo controle; p < 0.0001); no grupo com ES, os pacientes com úlceras cutâneas isquêmicas apresentaram níveis de PVP significativamente diminuídos comparando-se com os pacientes com ES sem úlceras (50.6 ± 10.8 mmHg no grupo com úlceras e 65.5 ± 7.2 mmHg no grupo sem úlceras; p = 0.006). CONCLUSÕES: Pode-se inferir que a diminuição nos níveis de PVP na ES parece estar associada a uma diminuição do fluxo sangüíneo, predispondo ao aparecimento de úlceras isquêmicas nestes pacientes.
ASSUNTO(S)
escleroderma sistêmica pressão venosa periférica úlcera cutânea
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