Influência da Pressão Arterial Sistêmica na Disfunção Erétil em Pacientes com Doença Arterial Periférica.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

10/09/2010

RESUMO

Um dos sintomas da doença arterial periférica (DAP) é a disfunção erétil (DE), que é caracterizada pela inabilidade persistente do homem em obter ou manter ereção suficiente para o intercurso sexual satisfatório. Tanto a DE como a DAP apresentam como fator de risco em comum a elevação da pressão arterial sistêmica. Objetivo: O objetivo desta pesquisa foi estudar a influência da pressão arterial sistêmica na DE em pacientes com DAP. Casuística e Método: Foram estudados 52 pacientes com DE com ou sem fator de risco cardiovascular, cuja idade variou de 42 a 78 anos (56,63 10,34 anos) no período de janeiro a junho de 2009. A DE foi classificada em leve, moderada e grave utilizando o Índice Internacional de Função Erétil. Foi realizado exame físico geral direcionado por meio do índice tornozelo-braquial (ITB), determinado pela razão entre a mais elevada pressão arterial sistólica (PAS) do tornozelo e a mais elevada PAS entre as artérias braquiais. A análise de dados foi feita por meio de regressão logística binária, qui-quadrado de Pearson, quiquadrado da razão de verossimilhança para amostras independentes e Kruskal-Wallis, considerando erro alfa de 5%. Resultados: Dos pacientes estudados (n = 52), 11 (21,2%) tinham DE leve (grau 1), 24 (46,1%) moderada (grau 2) e 17 (32,7%) grave (grau 3). A PAS nas artérias braquial e tibial anterior variou de 110 a 190 mmHg e 90 a 180 mmHg, ix respectivamente. Com relação ao ITB, 28 (53,8%) dos pacientes apresentaram valores normais ou acima de 0,9 e 24 (46,2%) valores inferiores a 0,9, indicando a ocorrência de DAP. O resultado da comparação entre a mediana dos graus de DE de pacientes com diferentes fases de DAP por meio do teste de Kruskal-Wallis com correção de Bonferroni para comparações múltiplas das medianas mostrou diferenças significativas (p = 0,001) e entre os graus 1 e 3 (p = 0,0003). A regressão logística binária revelou que normotensos na fase inicial da DAP com ITB entre 0,8 e 0,9 apresentaram DE mais grave quando comparado com hipertensos. Conclusões: A pressão arterial sistêmica elevada pode ter efeito protetor contra a disfunção erétil nas fases iniciais da doença arterial periférica.

ASSUNTO(S)

pressão arterial sistêmica disfunção erétil doença arterial periférica cirurgia urologica doença arterial periférica disfunção erétil enfermedad arterial periférica peripheral arterial disease disfunción eréctil erectile dysfunction

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