Avaliação da infiltração marginal em esmalte humano, bovino e suíno

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Oral Research

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-12

RESUMO

A adequação de dentes bovinos e suínos na substituição de dentes humanos extraídos tem sido avaliada em vários estudos. O objetivo deste estudo in vitro foi analisar o padrão de infiltração marginal em esmaltes humano, bovino e suíno. Cavidades cúbicas (2 x 2 x 2 mm³) foram realizadas em blocos de esmalte obtidos de dentes molares humanos, incisivos bovinos e molares suínos. As cavidades foram restauradas com compósito resinoso fotopolimerizável e cimento de ionômero de vidro. Os espécimes foram submetidos à termociclagem por 1.000 ciclos entre 5 ± 2°C e 55 ± 2°C e imersos em azul de metileno a 2%, por 12 horas. A concentração de corante infiltrado foi medida, quantitativamente, através de espectrofotometria. Os dados foram transformados em µg/ml e submetidos à análise estatística ANOVA, seguida pelo teste de Tukey. As médias de infiltração marginal (µg/ml ± DP) nos esmaltes bovino e suíno não foram significativamente diferentes (0,0668 ± 0,0246 vs. 0,0674 ± 0,0286), mas foram superiores e estatisticamente diferentes (p < 0,01) das encontradas no esmalte humano (0,0407 ± 0,0195, p < 0,01), e as médias de infiltração marginal foram superiores nas restaurações realizadas com o cimento de iônomero de vidro (0,0695 ± 0,01313 vs. 0,0471 ± 0,0163, p < 0,01). Os resultados permitiram concluir que os substratos bovino e suíno permitem uma maior infiltração marginal que o esmalte humano, indicando que a capacidade de selamento marginal pode ser afetada por diferenças entre esses substratos. Os resultados indicam que se deve ter prudência na substituição do esmalte humano em estudos laboratoriais de microinfiltração.

ASSUNTO(S)

esmalte dentário cimentos de ionômeros de vidro resinas compostas

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