Avaliação da atividade genotóxica de extratos e do alcaloide indol-monoterpênico obtidos das raízes de Galianthe thalictroides (Rubiaceae) / Evaluation of genotóxico activity of extracts and indole-monoterpene alkaloid obtained from the roots Galianthe thalictroides (Rubiaceae)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

17/05/2011

RESUMO

Na família Rubiaceae são encontradas espécies com importância alimentícia, econômica e farmacológica. Várias espécies desta família são utilizadas pela Medicina Tradicional para tratar diversos males. Galianthe thalictroides, pertence ao subgênero Galianthe que é exclusivo da América do Sul. No Brasil foram descritas 38 espécies, das quais 28 são endêmicas, encontradas em regiões de cerrado e campos rupestres. Raízes de G. thalictroides têm sido utilizadas pela medicina popular para tratar e prevenir o câncer e como não há dados na literatura sobre os efeitos citotóxicos e genotóxicos, o presente trabalho teve como objetivo avaliar estas atividades, utilizando ensaios in vitro (Citotoxicidade - MTT e Cometa) e in vivo (SMART). As atividades genotóxicas dos extratos aquosos, preparados a temperatura de 100oC (CGQ) e 4oC (CGF); das frações etanólica (BETER) e clorofórmica (BGTRC-6) e o alcaloide indol-monoterpênico (RC6-2) obtido a partir da fração clorofórmica (BGTRC-6) foram avaliados por meio do Teste para detecção de Mutação e Recombinação Somática SMART. Os Ensaios de citotocixidade (MTT) e do Cometa foram realizados somente com o alcaloide indol-monoterpênico (RC6-2). Os resultados obtidos no teste SMART indicam que os extratos aquosos (CGQ) e (CGF), em diferentes concentrações, não induziram aumentos estatisticamente significativos nas frequências de manchas mutantes, quando comparados com o controle negativo, não apresentando atividade genotóxica. Devido a este resultado somente o extrato aquoso (CGQ), foi associado a Doxorrubicina (DXR), para avaliação de antigenotoxicidade. Os resultados indicaram que este extrato não reduziu os eventos mutacionais ocasionados pela DXR, não apresentando atividade antigenotóxica. Entretanto, a fração etanólica (BETER), uma vez metabolizada apresentou potencial genotóxico, dose resposta. A fração clorofórmica (BGTRC-6), nas concentrações de 0,4 e 0,8mg/mL, ocasionou eventos mutagênicos, expressos pelo aumento de manchas simples pequenas, estatisticamente significativo quando comparado ao controle negativo, e foi citotóxica na concentração 1,6mg/mL. O alcaloide indol-monoterpênico (RC6-2), apresentou eventos mutacionais significativos, com prevalência de manchas simples pequena, porém não foi citotóxico nas concentrações avaliadas no SMART. Entretanto, no Ensaio de Citotoxicidade (MTT) o alcaloide (RC6-2) apresentou elevada citotoxicidade nas concentrações de (10, 50 e 100μg/mL), porém, no Ensaio do Cometa, não ocasionou quebras de fitas de DNA, não apresentando atividade genotóxica. Os resultados obtidos com o teste SMART, somados aos encontrados no Ensaio do Cometa, sugerem que o alcaloide indol-monoterpênico (RC6-2), seja um inibidor do fuso mitótico, ocasionando aneugênese, uma vez que, apresentou potente atividade citotóxica frente à linhagem de células tumorais de hepatoma humano (HepG2) e não causou recombinação mitótica e sim atividade mutagênica em células somáticas de Drosophila melanogaster.

ASSUNTO(S)

medicina tradicional câncer smart ensaio do cometa ensaio de citotoxicidade (mtt) ciências da saúde traditional medicine cancer smart comet assay mtt assay

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