AvaliaÃÃo do desempenho de sistemas de tratamento aerÃbio e anaerÃbio e das caracterÃsticas do lodo de esgoto domÃstico

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

Os sÃlidos biolÃgicos produzidos em reatores aerÃbios ou anaerÃbios usados no tratamento de esgotos domÃsticos devem ser descartados periodicamente em unidades de tratamento especÃfico. Um dos objetivos à manter a idade do lodo desejada e obter um bom desempenho do tratamento. A retenÃÃo adequada da biomassa ativa, porÃm com boas caracterÃsticas fÃsicas e quÃmicas à essencial para o sucesso do tratamento. No caso do tratamento de esgotos domÃsticos, os lodos produzidos apresentam alta umidade e grande concentraÃÃo de microrganismos patogÃnicos. Por isso torna-se importante submetÃ-los ao desaguamento e à higienizaÃÃo antes do seu destino final. Nesta pesquisa, primeiramente no perÃodo de agosto de 2002 a abril de 2003 (9 meses), foram avaliadas as caracterÃsticas do lodo e o desempenho de um sistema de lodos ativados de aeraÃÃo prolongada. Os resultados mostraram que o lodo aerÃbio apresentou caracterÃsticas de mà sedimentaÃÃo, com valores de Ãndice volumÃtrico maiores que 120 mL/mg e Ãndice de densidade do lodo menor de 1,0, o que refletiu no desempenho irregular da ETE, com remoÃÃo de DQO caindo para 74%, quando normalmente os valores de eficiÃncia ficam acima de 90%. Em segundo, no perÃodo entre janeiro de 2003 e maio de 2004 (17 meses), foram avaliadas as caracterÃsticas do lodo e o desempenho de um reator anaerÃbio do tipo UASB (Upflow Anaerobic Sludge Blanket). Com perÃodos de descargas distintos (1 a 8 meses) do lodo de excesso das 8 cÃlulas que operavam em paralelo, foi possÃvel estudar a sua influÃncia no desempenho do reator. Os resultados mostraram que nÃo houve grandes diferenÃas no desempenho operacional individual de cada cÃlula, no tocante à remoÃÃo da DQO (75 a 77%) e de sÃlidos suspensos (efluentes com concentraÃÃo de SSV entre 47 e 53 mg/L). Com relaÃÃo à biomassa, esta permaneceu nas 8 cÃlulas entre 1803 e 2426 kg SSV. A produÃÃo diÃria de lodo manteve-se entre 14 e 16 kg SSV/dia, com base no coeficiente de produÃÃo de sÃlidos (Y) calculado entre 0,19 e 0,23 kg SSV/kg DQOremovida. Sob o ponto de vista tÃcnico, uma das caracterÃsticas de maior importÃncia no lodo à o teor de Ãgua. O desaguamento do lodo anaerÃbio em leitos de secagem teve a duraÃÃo de 20 dias e o lodo seco (desaguado) resultante foi removido com umidade na faixa de 62 a 70%. Para a eliminaÃÃo dos organismos patogÃnicos, esse lodo seco foi submetido à estabilizaÃÃo alcalina, com uso de cal hidratada, em dosagens de 30, 40 e 50% de cal em relaÃÃo ao peso do lodo seco, pra elevar o pH para 12. Em 60 dias de maturaÃÃo, a densidade de coliformes fecais atingiu valores de 5,41 x 101 e 2,55 x 101 NMP/g MS (a 103 C) e os ovos de helmintos foram 100% inviabilizados, no lodo desaguado tratado com 50% de cal hidratada

ASSUNTO(S)

engenharia civil â recursos hÃdricos tecnologia ambiental â tratamento de esgoto domÃstico engenharia civil esgoto domÃstico â sistemas aerÃbio e anaerÃbio

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