AvaliaÃÃo de risco por arsÃnio, chumbo e cÃdmio na regiÃo aurÃfera Delita, Cuba. / Risk assessment for arsenic, lead and cadmium in the Delita gold mining area, Cuba

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O crescimento da indÃstria e, em especial, o da mineraÃÃo, no sÃculo XX e no sÃculo XXI, tem trazido à humanidade um importante crescimento tecnolÃgico, maior conforto e tambÃm a possibilidade de descobrir como a ingestÃo de pequenas quantidades de elementos tÃxicos como arsÃnio, chumbo e cÃdmio, liberados por estas atividades, podem afetar a saÃde humana. Nestas circunstÃncias, o uso de metodologias capazes de avaliar o risco ocasionado à saÃde em populaÃÃes expostas à de extrema importÃncia. Nesse contexto a metodologia da OrganizaÃÃo Panamericana da SaÃde (OPS) para avaliar risco à saÃde e as suas fases de inspeÃÃo e avaliaÃÃo de exposiÃÃo foram aplicadas na regiÃo influenciada pela mina de ouro Delita, em Cuba. Na fase de inspeÃÃo, o estudo das fontes de abastecimento de Ãgua, de solos, sedimentos, plantas e rejeitos de mineraÃÃo revelaram o poÃo V-28, S-7 e o poÃo do Aeroporto Siguanea como zonas de risco para arsÃnio. Os rejeitos de mineraÃÃo expostos na mina foram considerados a fonte de arsÃnio, chumbo, cÃdmio e ferro para os sedimentos na Ãrea sendo a nascente da mina o principal meio de transporte dos contaminantes para as zonas mais baixas. Na fase de avaliaÃÃo da exposiÃÃo, os estudos quÃmicos e mineralÃgicos dos rejeitos, importante rota de exposiÃÃo (seguida das Ãguas), indicaram como fatores limitantes para o desenvolvimento de plantas nos rejeitos: a composiÃÃo basicamente arenosa dos materiais, a acidez elevada, os baixos teores de nutrientes (P, K, Ca, Mg) nos rejeitos R-1, R-2 e R-4, de MO em todos os casos, a elevada salinidade para os rejeitos R-3, R-4 e R-5 e o alto teor de As e Pb em todos. Via difraÃÃo de raios X, foram identificados quartzo, arsenopirita, escorodita, beudantita, illita, caulinita e jarosita. Essas fases foram confirmadas pela microscopia eletrÃnica de varredura (MEV) sendo ainda identificados, por esta via, o ouro, tambÃm monazita e sheelita. A liberaÃÃo de arsÃnio e chumbo a partir da alteraÃÃo dos sulfetos e sulfossais à controlada pelas fases secundÃrias escorodita, e minerais da famÃlia alunita-jarosita, verificados no MEV. Finalmente, a toxicidade e biodisponibilidade do As foi testada nos rejeitos utilizando os extratores: Ãcido acÃtico, Ãcido clorÃdrico e sulfato de amÃnio. Segundo o teste de caracterizaÃÃo de toxicidade, nenhum dos rejeitos à tÃxico. A quantidade de arsÃnio biodisponÃvel nos rejeitos mostrou o seguinte comportamento: Ãcido clorÃdrico >sulfato de amÃnio >Ãcido acÃtico. Os rejeitos R-5 e R-3 apresentam os maiores valores de biodisponibilidade de arsÃnio extraÃdo com HCl: 31,8 e 8,5% respectivamente. Mesmo baixos, sugere-se atenuar o risco associado à exposiÃÃo humana destes materiais. Futuros estudos de toxicidade na Ãrea deverÃo considerar a interaÃÃo do arsÃnio com os metais, avaliando a toxicidade total via modelo animal. O Ãcido clorÃdrico (1 mol L-1) mostrou ser um extrator efetivo de arsÃnio das fases secundÃrias escorodita e beudantita.

ASSUNTO(S)

risk assessment biodisponibilidade arsenic arsÃnio bioavailability toxicidade chumbo lead toxicity cadmium ciencia do solo cÃdmio avaliaÃÃo de risco

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