AvaliaÃÃo da eficÃcia terapÃutica da Mentha crispa no tratamento da giardÃase. / Evaluation of the therapeutical effectiveness of mentha crispa in the treatment of the giardÃase

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

20/11/2008

RESUMO

A infecÃÃo por Giardia lamblia à endÃmica em vÃrias partes do mundo. Estima-se que em torno de 200 milhÃes de pessoas sÃo parasitadas anualmente, sendo a doenÃa uma importante causa de morbidade em todo o mundo. O tratamento atual da giardÃase compreende o uso de vÃrios fÃrmacos. FitoterÃpicos formulados com Mentha crispa tambÃm tÃm sido empregados como giardicidas, porÃm a sua eficÃcia ainda nÃo foi totalmente estabelecida. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a eficÃcia terapÃutica da Mentha crispa na giardÃase. A pesquisa consistiu, inicialmente, de um estudo transversal para seleÃÃo dos sujeitos portadores de giardÃase, bem como para a determinaÃÃo da prevalÃncia das principais parasitoses intestinais. Em seguida, realizou-se um ensaio clÃnico randomizado, duplo-cego, em paralelo, com controle ativo, para verificar a eficÃcia terapÃutica da Mentha crispa na giardÃase. Amostras coprolÃgicas de 1622 pacientes, de ambos os sexos e com idade mÃnima de cinco anos, foram coletadas no perÃodo de maio de 2005 a maio de 2007 para exame coproscÃpico seriado. Selecionaram-se 96 pacientes portadores de Giardia lamblia, os quais foram distribuÃdos de forma aleatÃria em dois grupos: Secnidazol, constituÃdo de 50 pacientes tratados com 2 g de secnidazol (SecnidalÂ); e Mentha crispa, composto por 46 pacientes medicados com 24 mg de Mentha crispa (GiamebilÂ). Os tratamentos foram administrados por via oral e em dose Ãnica. ApÃs 7 dias, avaliou-se a cura atravÃs do ensaio imunoenzimÃtico (Elisa) em uma amostra fecal fresca. Adicionalmente, os sujeitos foram questionados acerca de possÃveis efeitos adversos e responderam a um questionÃrio abordando aspectos socioeconÃmicos e hidrossanitÃrios. Os resultados do estudo transversal mostraram que a prevalÃncia das enteroparasitoses em geral foi de 47,78%. Os protozoÃrios mais prevalentes foram: Endolimax nana (20,47%), Entamoeba coli (18,56%), Giardia lamblia (7,83%) e Entamoeba histolytica (2,22%). Entre os helmintos, os mais prevalentes foram: Ascaris lumbricoides (10,36%) e Trichocephalus trichiurus (2,59%). Um total de 96 pacientes completaram o ensaio clinico, 50 no grupoSecnidazol e 46 no grupo Mentha crispa. Na anÃlise dos dados do ensaio clÃnico, constatou-se que a taxa de cura observada no grupo Secnidazol (84,00%) foi significantemente maior (P = 0,0002) que a verificada no grupo Mentha crispa (47,83%). As medicaÃÃes foram bem toleradas uma vez que foram observados apenas trÃs eventos adversos de intensidade leve. Verificou-se que a ocorrÃncia de dor abdominal foi significantemente maior no grupo Mentha crispa. Todavia, o relato de gosto metÃlico foi significantemente maior no grupo Secnidazol. Por outro lado, a ocorrÃncia de nÃusea nÃo diferiu significantemente entre os grupos. Os dados do questionÃrio socioeconÃmico, por sua vez, corroboraram a Ãntima relaÃÃo entre pobreza, baixa escolaridade e falta de saneamento e a ocorrÃncia de infecÃÃo por Giardia lamblia. Conclui-se, pois, que, na dose empregada, o efeito giardicida da Mentha crispa à inferior ao do secnidazol.

ASSUNTO(S)

farmacologia clinica giardÃase mentha parasitas antiprotozoÃrios ensaio clÃnico. giardiasis mentha parasites antiprotozoal agents clinical trial. parasitos

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