Autocorrelação filogenética e a interpretação evolutiva para análise de número de taxa em análises de biodiversidade
AUTOR(ES)
Diniz-Filho, J. A. F., Tôrres, N. M.
FONTE
Brazilian Journal of Biology
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-08
RESUMO
Embora as análises da biodiversidade em escalas geográficas amplas sejam normalmente realizadas em nível das espécies, alguns trabalhos recentes têm utilizado contagens de categorias taxonômicas mais elevadas, com algumas vantagens. Entretanto, essa abordagem é aplicada de forma empírica e o nível hierárquico escolhido (gênero, famílias, etc.) é geralmente arbitrário. Este trabalho, mostra que essa abordagem pode ser ligada teoricamente aos modelos de evolução fenotípica pelos métodos de autocorrelação filogenética. Esse nível da hierarquia deve expressar o tempo passado no qual os taxa analisados se tornam independentes estatisticamente, para o fenótipo. O método proposto foi aplicado para analisar a evolução fenotípica de 23 caracteres morfológicos, ecológicos e comportamentais em espécies de Carnivora do Novo Mundo. A contagem de linhagens há 18,8 milhões de anos atrás, definida pelos correlogramas filogenéticos, foi altamente correlacionada com a riqueza de espécies (r = 0,899; P < 0,001 com 13 graus de liberdade, levando em consideração a autocorrelação espacial). O número de linhagens foi maior na América do Norte, de modo que embora haja mais espécies na região tropical, estas representam eventos recentes de diversificação, com espécies redundantes em relação às linhagens que existiam há 18,8 milhões de anos atrás. O número de linhagens definido por autocorrelação pode ser utilizado como uma medida de diversidade evolutiva sob um dado modelo de divergência fenotípica.
ASSUNTO(S)
riqueza de espécies autocorrelação diversidade fenotípica carnivora número de linhagens hierarquia taxonômica
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