Atuação da escola frente à violência: estudo comparativo entre duas instituiçoes de ensino

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/12/2011

RESUMO

Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, comparativo com abordagem quantitativa, cujo objetivo geral foi analisar a violência na escola de forma comparativa no contexto de duas instituições de ensino em Natal/RN. Os específicos foram identificar os tipos de manifestações da violência nos contextos da escola pública e particular; identificar a postura da direção, professores e funcionários da escola durante e após a ocorrência de manifestações de violência no ambiente escolar; identificar medidas de prevenção da violência no âmbito das escolas. Os resultados mostram que dos 121 participantes 68 (56,20%) eram do sexo feminino e 53 (43,80%) masculino, 38 (31,40%) tinham entre 40 e 49 anos, 85 (70,2%) residiam na Zona Sul da cidade de Natal (RN), 46 (38,02%) especialização, 68 (56,20%) eram católicos, 63 (52,07%) casados; 41 (33,88%) recebiam entre 03 e 05 salários mínimos e 68 (56,20%) eram professores; 51 (42,15%) funcionários e 02 (01,65%) diretores; 46 (38,02%) profissionais possuíam entre 05 e 14 anos e 11 meses de experiência no ensino 70 (57,85%) menos de cinco anos de serviço na instituição; 68 (56,20%) trabalhavam entre 20 horas e 40 horas por semana, 81 (16,30%) atuavam no 9 ano do ensino fundamental II. Quanto ao dimensionamento da violência, 111 (91,74%) entrevistados presenciaram episódios deste evento na instituição que trabalham; 100 (82,64%) presenciaram a violência verbal; 87 (71,90%) ligaram para os pais quando acontecia algum evento violento que causava lesão aos alunos, 66 (54,55%) acreditaram que a violência familiar é o principal motivo para os jovens praticaram o bullying, 44 (38,98%) observaram os episódios de bullying diariamente; 64 (52,89%) o evento acontecer no pátio. Das 37 vitimas de violência na escola, 22 (59,45%) sofreram agressão verbal; 18 (48,65%) sofreram violência uma vez por semana, 36 (97,30%) foram agredidos por alunos, 104 (85,95%) conseguem diferenciar os atos mal comportamento do bullying; 28 (23,14%) separaram os envolvidos e comunicaram verbalmente a coordenação; 23 (19,00%) afirmaram que as coordenações das escolas conversaram com os pais a respeito da conduta agressiva do aluno. No tocante as ações realizadas para minimizar o bullying, 69 (57,02%) profissionais participaram de algum processo educativo, 47 (38,84%) o processo educativo foi em outra instituição, 49 (71,01%) fizeram cursos com duração de 12 a 24 horas; 59 (48,76%) afirmam que a interação com os pais e familiares foi a ação mais estimulada pela escola para tentar minimizar e prevenir o evento; 116 (95,87%) participaram de reuniões nas instituições pesquisadas; 58 (50,00%) responderam que as reuniões aconteciam bimestralmente e 121 (100,00%) afirmaram não ter nenhum curso de atualização sobre violência na escola nas escolas pesquisadas. Concluímos que a violência na escola vem se expressando em qualquer classe social e que os profissionais estão pouco preparados para lidarem com a situação. Assim esperamos que os profissionais da educação, através da leitura do nosso estudo, possam perceber que a violência na escola acontece em qualquer instituição prejudicando a vida de todos que compõem o universo educacional. É de extrema relevância que estes profissionais procurem se capacitar sempre para que através do conhecimento possam criar estratégias de prevenção e minimização do bullying que mudem a realidade do seu ambiente de trabalho

ASSUNTO(S)

enfermagem enfermagem violência saúde escolar maus-tratos infantis nursing violence school health child abuse

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