Agrupamento de hábitos alimentares não saudáveis e sua associação com fatores socioeconômicos entre trabalhadores brasileiros
AUTOR(ES)
BENEDET, Jucemar, DEL DUCA, Giovani Firpo, SILVEIRA, Pablo Magno da, COUTINHO, Andrée Philippe Pimentel, OLIVEIRA, Elusa Santina Antunes de, NAHAS, Markus Vinicius
FONTE
Rev. Nutr.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-12
RESUMO
RESUMO Objetivo Investigar o agrupamento de quatro hábitos alimentares não saudáveis (baixo consumo de fruta, baixo consumo de verdura, alto consumo de doce e alto consumo de salgadinho), e identificar a associação entre a quantidade desses hábitos agrupados e variáveis sociodemográficas. Métodos Esse foi um estudo transversal e representativo de trabalhadores das indústrias de 24 Unidades Federativas do Brasil, realizado de 2006 e 2008. Os baixos consumos semanais de fruta e verdura (<5 dias/semana) e os altos consumos semanais de doce e salgadinho (>5 dias/semana) foram avaliados por questionário validado. A simultaneidade foi analisada com estratificação por sexo, conforme a prevalência Observada (O), Esperada (E), Razão (O/E) para cada uma das 16 combinações possíveis de consumo alimentar. Resultados Nos 47.477 trabalhadores investigados, tanto em homens quanto em mulheres, respectivamente, a presença simultânea alto consumo semanal de doce e salgadinho (O/E=3,58; IC95%=3,12–4,10 e O/E=2,17; IC95%=1,76–2,62) e dos quatro hábitos alimentares não saudáveis juntos (O/E=2,32; IC95%=2,01–2,66 e O/E=4,02; IC95%=3,44–4,65) foram aquelas que mais excederam os percentuais esperados, caso esses alimentos fossem ingeridos de forma independente. Comparados aos sujeitos com nenhum ou um hábito alimentar não saudável, a combinação de quatro comportamentos alimentares negativos foi mais frequente entre as mulheres, trabalhadores com menor nível de escolaridade e que viviam sem companhia. Conclusão Hábitos alimentares não saudáveis tendem a se agrupar em ambos os sexos, sugerindo uma forte interação, especialmente para os quatro hábitos alimentares não saudáveis em conjunto, principalmente nas mulheres, trabalhadores com menor escolaridade e que vivem sem parceiro.
ASSUNTO(S)
estudos epidemiológicos comportamento alimentar saúde do trabalhador
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