Aflatoxinas em alimentos destinados a bovinos e em amostras de leite da região de Lavras, Minas Gerais - Brasil
AUTOR(ES)
Pereira, Maria Marlucia Gomes, Carvalho, Eliana Pinheiro de, Prado, Guilherme, Rosa, Carlos Alberto da Rocha, Veloso, Thaís, Souza, Leandro Augusto Ferreira de, Ribeiro, Jéssika Mara Martins
FONTE
Ciência e Agrotecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005-02
RESUMO
A aflatoxina M1 (AFM1) tem sido detectada em leite de animais alimentados com ração contaminada por aflatoxina B1 (AFB1), possuindo efeitos tóxicos e carcinogênicos muito próximos. Constitui-se um problema de Saúde Pública, pois sua toxidez é preocupante, quando os indivíduos mais jovens estão entre os maiores consumidores de leite e estes são os mais sensíveis a seus efeitos. O objetivo deste trabalho foi determinar a presença de aflatoxinas em alimentos destinados a bovinos e de AFM1 em amostras de leite cru e após pasteurização. Trabalhou-se inicialmente com 12 produtores de leite, permanecendo apenas 2 produtores que apresentavam valores significativos de aflatoxina M1. A coleta de leite foi realizada 24 h após a coleta do alimento. O método utilizado para a detecção de aflatoxinas no alimento foi a cromatografia em camada delgada. A determinação de AFM1 em leite foi realizada empregando-se coluna de imunoafinidade para a purificação e detecção por cromatografia líquida de alta eficiência em fase reversa. Não foram detectadas aflatoxinas nas amostras de ração. Entretanto, detectou-se AFM1 em 19 (52,8%) das 36 amostras de leite cru, em valores que variaram de traços a 74,1 ng L-1. Em leite pasteurizado, a AFM1 foi detectada em 13 (38,2%) das 34 amostras, em níveis que variaram desde traços a 58,9 ng L-1. Os valores encontrados de aflatoxina no leite estão dentro dos padrões tolerados pela legislação brasileira. As concentrações de aflatoxina nos leites cru e pasteurizado não diferiram entre si (p>0,05). O fato de não se ter detectado aflatoxinas na ração pode ser explicado pela sua ocorrência em baixas concentrações, isto é, inferiores ao limite de detecção do método utilizado (2 mg/Kg), o que não impediria o aparecimento da AFM1 no leite e a detecção mediante metodologia mais sensível (2 ng/L).
ASSUNTO(S)
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