Acidentes de Trabalho : análise em profissionais de enfermagem que atuam nas unidades de terapia intensiva e urgência Natal/RN

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/11/2010

RESUMO

Estudo do tipo descritivo-exploratório com abordagem quantitativa, com o objetivo de caracterizar os Acidentes de Trabalho, sofridos pelos profissionais da equipe de enfermagem, nas Unidades de Terapia Intensiva e de Urgência em Hospital de referência-Natal/RN, identificar os fatores que contribuem para os acidentes de trabalho; identificar as informações dos profissionais da equipe de enfermagem com relação aos riscos para os acidentes; conhecer os procedimentos adotados após cada acidente. A população constou de 176 profissionais, sendo 44 enfermeiros e 132 técnicos/auxiliares de enfermagem, com dados coletados de março a abril de 2010. Os resultados mostram no que se refere à caracterização pessoal da equipe de enfermagem que 31 (18,61%) encontram-se na faixa de 36 a 40 anos de idades sendo 148 (84,09%) sexo feminino e 96 (55,68%) concluíram o ensino médio. Quanto à caracterização profissional, 53 (30,11%) eram enfermeiros, e 123 (69,88%) técnicos e auxiliares de enfermagem; 44 (25,00%) têm ocupação profissional de enfermeiro, e 132 (75,00%) de técnico/auxiliar de enfermagem; 45 (25,56%) com tempo de serviço na enfermagem entre 15 a 20 anos e 11 meses; 53 (30,11%) com tempo de serviço na instituição de 10 a 14 anos e 11 meses; 79 (44,88%) atuam nas UTIs; 55 (31,25%) com tempo de serviço no setor de trabalho de 1 a 4 anos e 11meses; 110 (62,50%) trabalham no setor porque gostam; 161 (91,47%) com jornada semanal de 30 a 40 horas; 90 (51,13%) possuem outro emprego. Quanto ao conhecimento sobre Acidentes de Trabalho, 167 (94,88%) informaram saber sobre este tema; 96 (54,54%) conhecem as normas sobre os acidentes; 103 (58,52%) consideram a abordagem do tema muito importante nos cursos de enfermagem; 92 (52,27%) consideram a abordagem do tema muito importante no local de trabalho e 372 (87,73%) sugerem a educação para diminuir a ocorrência dos acidentes. Quanto aos dados sobre o acidente ocorrido, 104 (59,09%) sofreram acidente sendo que 69 (39,20%) com 1 acidente; 47 (36,19%) não notificaram nenhum acidente; 60 (57,69%) realizavam cuidado com o paciente no momento do acidente; 47 (45,19%) ocorreram nas UTIs; 50 (48,07%) trabalhavam no noturno; 69 (66,34%) sofreram perfuração; 86 (82,69%) a lesão foi nos membros superiores; 64 (61,53%) por agulha; com relação a causa do acidente, 89 (60,54%) afirmaram que ocorreu descuido. Quanto à evolução do acidente, 88 (85,57%) não precisaram de afastamento do trabalho após o acidente; 13 (81,25%) se ausentaram até 15 dias; 87 (83,65%) não tiveram sequelas e 101 (97,11%) não necessitaram de reabilitação. Concluímos que os acidentes de trabalho acometem jovens trabalhadores que afirmam conhecer sobre este assunto, mas pouco fazem para prevení-lo. Contudo, acreditamos que este estudo contribuiu para a caracterização da demanda desses acidentes da equipe de enfermagem de um hospital público de Natal, bem como poderá apoiar à formulação e implementação de medidas de proteção, promoção e prevenção dos acidentes de trabalho nos profissionais de enfermagem

ASSUNTO(S)

acidentes de trabalho unidade de terapia intensiva urgências enfermagem enfermagem typical occupational accident intensive care unit emergency

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