Violência ocupacional contra profissionais de saúde em um hospital de urgência. natal/rn, 2009

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Estudo exploratório descritivo, com abordagem quantitativa, desenvolvido entre abril e maio de 2009, com o objetivo de identificar os tipos de violência ocupacional, sofrida pelos profissionais da equipe de enfermagem e médica, nos últimos 12 meses, em um serviço de urgência hospitalar, em Natal/RN; identificar os setores da urgência onde ocorreram os episódios de violência ocupacional; caracterizar os agressores de cada tipo de violência ocupacional; conhecer os procedimentos adotados após cada ato violento sofrido pelos profissionais da equipe de enfermagem e médica, e conhecer as consequências da violência sofrida pelos profissionais da equipe de enfermagem e médica. A amostra constou de 26 enfermeiros, 95 auxiliares/técnicos de enfermagem e 124 médicos, totalizando 245 profissionais. Os resultados mostraram que 50,61% dos profissionais eram mulheres, entre 41 e 45 anos (22,45%); com pós-graduação(51,43%), casadas (60,82%); 21,22% tinham entre 16 e 20 anos tanto de experiência na profissão como de experiência na urgência; carga horária semanal de trabalho de 40 horas (86,12%); e trabalham tanto no turno diurno como no noturno (70,21%); 27,35% consideram que a violência faz parte da sua profissão e os acompanhantes como importante fator de risco (86,53%); não sabiam informar se no hospital havia um procedimento estabelecido, específico, para o relato de violência ocupacional (45,71%); 73,06% sofreram violência ocupacional nos 12 meses; 70,20% agressão verbal, 24,08% assédio moral, 6,12% agressão física, e 3,67% assédio sexual; 66,67% dos pacientes participaram da violência física; os acompanhantes, do assédio verbal (58,14%); e a equipe de saúde do assédio moral (69,49%); diante dos episódios de violência, 37,65% dos profissionais, contaram o fato para colegas de trabalho; 57,25% tiveram como consequência o estresse; em 4,71% dos episódios os profissionais precisaram ausentar-se do trabalho, resultando em 75 dias de absenteísmo relacionado a violência ocupacional. Concluímos que houve um alto índice de violência ocupcional na população investigada, sendo a agressão verbal e o assédio moral os tipos de violência mais frequentes. Os fatores relacionados à violência ocupacional foram muito diversos e por esta razão, as ações voltadas para o enfrentamento desse problema não devem estar limitadas apenas ao ambiente de trabalho. A educação deverá ser uma das ações mais eficazes para evitar ou minimizar a ocorrência desses eventos

ASSUNTO(S)

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