AÇÃO LEISHMANICIDA DE ALCALÓIDES E ACETOGENINAS EXTRAÍDAS DE ANNONACEAE DO ESTADO DE CEARÁ / ACTION OF ALKALOIDS AND LEISHMANICIDAL ACETOGENINS EXTRACTED FROM THE STATE OF CEARA ANNONACEAE

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/12/2008

RESUMO

Leishmanose é uma doença causada por pelo menos 17 espécies de um protozoário do gênero Leishmania. As formas da doença estão relacionadas à espécie do parasito, e diferem em distribuição geográfica, hospedeiros e vetores envolvidos, taxas de incidência e de mortalidade. A quimioterapia utilizada no tratamento da leishmaniose não é satisfatório em termos de efetividade e toxicidade, a resistência a drogas já existentes e a sensibilidade de diferentes cepas a estas drogas também dificultam o tratamento. Na tentativa de encontrar novos agentes com ação leishmanicida, as plantas têm sido investigadas. Vegetais produtores de alcalóides e acetogeninas vêm mostrando estudos promissores com resultados contra protozoários; entre estas se destaca-se a família Annonacea. Alguns metabólitos secundários encontrados em plantas vêm sendo estudados no tratamento de doenças parasitárias, incluindo alcalóides e acetogeninas presentes em plantas da família das Annonaceaes. Espécies de Annonaceaes como Annona squamosa L. e Annona muricata L. vêem sendo estudadas na busca de novos compostos leishmanicidas em todo mundo e o resultados destes estudos vem se mostrando bastante promissores. Assim este estudo teve como objetivo procurar novos metabólitos com atividade leishmanicida a partir de extratos de A. squamosa e A. murucata. Para este estudo foi feito testes in vitro com as formas promastigotas e amastigotas de leishmania chagasi, utilizou-se o método colorimétrico MTT para avaliação da efetividade dos extratos contra promastigotas e o método de ELISA in situ para a avaliação contra amastigotas. Nos resultados observou-se que o extrato metanólico contendo acetogeninas e alcalóides das A. squomosa com a CE50 de 26,43 μg/ml, seguindo pelo extrato metanólico contendo acetogeninas extraída das sementes de A. muricata CE5054,93 μg/ml e do no extrato contendo alcalóides das folhas de A. squomosa CE5073,31 μg/ml, a pentamidina utilizada como droga referência no controle possui uma CE50 de 1,63 μg/ml. Neste estudo apenas o extrato bruto das semente de A. muricata mostrou efeito significativo contra a forma intracelular amastigota, reduzindo o parasita em 11,11% na dose de 100 μg/ml. A droga pandrão usada no controle Glucantime reduzindo a carga parasitária em 12% na dose de 30 μg/ml e em 100% na dose de 300 μg/ml.

ASSUNTO(S)

acetogeninas leishmaniose alcalóides annona squamosa annona muricata medicina veterinaria leishmaniasis acetogenins alkaloids annona squamosa annona muricata

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