A sexualidade entre as acadêmicas de enfermagem: enfoque no planejamento familiar e prevenção de DST/AIDS

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

A formação dos profissionais da saúde abrange diversos aspectos tais como o seu papel social e assistencial; de pesquisa e de educação, ou seja, são preparados para atender as pessoas em todas as suas necessidades. Há muito, venho refletindo sobre a interiorização dos conceitos sobre a sexualidade entre os acadêmicos de enfermagem, visto que, apesar de transmitirem conhecimentos à clientela sobre temas relativos a planejamento familiar e prevenção de DST/HIV/AIDS, algumas vezes têm sido as vítimas neste contexto.O presente estudo é do tipo transversal, exploratório descritivo com abordagem quantitativa, com o objetivo de investigar o conhecimento, uso e as fontes de informações dos métodos contraceptivos e prevenção de DST/AIDS, além de abranger o estudo de aspectos da vivência sexual e sua conseqüência. Para tanto foi utilizado um questionário semi-estruturado entregue as acadêmicas da 1 a 4 série do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto. Os resultados mostraram que a maioria das acadêmicas referiu ter recebido informações no ensino médio sobre métodos contraceptivos, principalmente sobre preservativos, pílula anticoncepcional e coito interrompido. A AIDS aparece como a DST mais abordada, o aumento do conhecimento ocorreu no decorrer da graduação, firmando-se efetivamente na 4 série na disciplina de Enfermagem em Doenças Transmissíveis. As acadêmicas referiram como fontes que mais contribuíram as aulas e leituras específicas. A participação dos pais nesta educação foi incipiente. Acreditam que a idade ideal para se iniciar as orientações sobre métodos contraceptivos e DST/HIV/ADS está entre 10 e 13 anos. Citam como métodos contraceptivos mais seguros os preservativos e os anticoncepcionais orais. Há uma distorção e compreensão errônea por parte de muitas acadêmicas, que alguns métodos contraceptivos como os anticoncepcionais orais e injetáveis e o DIU contribuam em muito para a prevenção de DST. Setenta e sete porcento das acadêmicas já iniciaram a vida sexual, destas 45,7% na idade entre 16 e 18 anos. A maioria (97,8%) afirma saber como prevenir DST, porém nem todas fazem uso do conhecimento adquirido. Os métodos contraceptivos mais utilizados são a combinação de anticoncepcionais orais e preservativos, e/ou pelo uso único de um dos dois, sendo que, as que fazem uso somente da pílula e outros métodos que não a utilização do preservativo, se expõem ao risco de contrair DST/HIV/AIDS. A questão comportamental ainda é a maior barreira entre a razão/emoção dificultando a prevenção das DST/AIDS e gravidez não planejada. A abordagem desta pesquisa reside na perspectiva de inserção de estudantes de enfermagem como orientadores de temas relacionados à sexualidade humana, seja em hospitais, ambulatórios, UBS ou escolas do ciclo fundamental e médio. Entende-se que sem este preparo, tanto sua vivência profissional quanto seu comportamento serão prejudicados em relação à questão sexual e a reflexão sobre sua própria sexualidade.

ASSUNTO(S)

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