A pintura verbal de Armindo Trevisan

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Esta dissertação tem por objetivo analisar a relação entre o espaço poético e o pictórico como produtores de sentidos nos poemas intertextuais de Armindo Trevisan. Também estuda a estrutura poética da obra do autor, bem como os quadros dos pintores. Trevisan é um poeta ainda pouco estudado no universo acadêmico. Tem recebido da crítica e da mídia crescente reconhecimento, tanto como poeta quanto como ensaísta de arte. Embora o trabalho tenha como recorte somente os poemas pictóricos, analisou-se quase toda a sua obra poética, constituída de quinze livros, a contar da estréia, com A surpresa de ser (1967), até Os sonhos nas mãos (2004). Procurou-se comprovar que os poemas pictóricos de Trevisan não são meras descrições de quadros, mas deslocam o olhar do observador para um espaço determinado, possibilitando releitura diferenciada que, por sua vez, leva a outras, criando instantes de surpresa que fazem com que o observador retorne aos poemas num movimento circular. Em nível metodológico, utilizaram-se conceitos de Bachelard, ensaios do livro Intertextualidade (1979) e Espaço e textualidade: quatro estudos quase-semióticos de Pino (1998). Fazem parte do método de análise as considerações sobre a poesia e suas possibilidades de leitura, conforme o poeta inglês W. H. Auden em A mão do artista (1993), a Obra poética (1995) de Fernando Pessoa, e os livros Reflexões sobre poesia (1993) e A poesia: uma iniciação à leitura poética (2000) de Trevisan.

ASSUNTO(S)

leitura trevisan, armindo - crÍtica e interpretaÇÃo letras literatura rio-grandense - histÓria e crÍtica pintura poesia rio-grandense - histÓria e crÍtica

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