A arte de disciplinar os sentidos o uso de retratos e imagens em tempos de nacionalização (1930-1945)
AUTOR(ES)
Souza, Rogério Luiz
FONTE
Rev. Bras. Educ.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-06
RESUMO
Toda a arquitetura sensitiva do Estado Novo, ao chamar a atenção permanente dos sentidos, quis tornar os sujeitos consumidores e reprodutores de uma representação de mundo, de uma crença em relação à identidade nacional brasileira. Sob o império dos sentidos disciplinados e habituados, essa mesma arquitetura acabou permitindo um "sentir brasileiro" que levou os sujeitos a experimentá-lo, saboreá-lo, tocá-lo, ouvi-lo, cheirá-lo e vê-lo no interior de um sistema cultural e simbólico construído pela maquinaria ordenadora do poder. A constituição de uma arquitetura sensitiva no espaço escolar - objeto de discussão e análise deste artigo - deveria ajudar a compor essa trama nacionalizadora e a promover a disciplinarização dos sentidos. As ritualizações e as técnicas de reprodutibilidade das imagens nesse espaço tiveram a função de divulgar, generalizar, uniformizar, habituar e manter os sentidos em alerta constante e, portanto, ligá-los, condicioná-los ao sistema de controle político-social.
ASSUNTO(S)
arquitetura sensitiva disciplinarização dos sentidos espaço escolar imagens estado novo
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