A apresentaÃÃo do mundo pela linguagem no jornalismo
AUTOR(ES)
Marconi Oliveira da Silva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004
RESUMO
A tese defendida nesta investigaÃÃo afirma que o jornalismo produz uma representaÃÃo e um sentido de mundo, que podem ser tidos muito mais um trato que um retrato da realidade. Os fatos jornalÃsticos, que sÃo formas epistemolÃgicas de organizar o mundo, reforÃam contextos de modelos estabilizados e estereotipados, e, paradoxalmente, apresentam grande carga de indeterminaÃÃo e ambigÃidade nos relatos dos acontecimentos. Sua meta à conquistar as mentes e os coraÃÃes dos leitores como co-produtores de sentidos. Com uma anÃlise que arranca de dentro da lingÃÃstica, assume-se a teoria da indeterminaÃÃo do significado como um aspecto intrÃnseco à linguagem e cuja determinaÃÃo de sentido à fruto de uma construÃÃo interativa e discursiva da realidade. Nos dois primeiros capÃtulos analisam-se, respectivamente, a questÃo referencial no relato noticioso jornalÃstico e alguns aspectos da abordagem teÃrica da referÃncia ao longo dos Ãltimos 50 anos no contexto filosÃfico e lingÃÃstico a respeito da relaÃÃo entre linguagem e mundo. Os textos investigados foram retirados de dois jornais (um de circulaÃÃo nacional e um estadual) e duas revistas, que circularam nos meses de marÃo e abril de 2000. Os capÃtulos 3, 4 e 5, que constituem o nÃcleo da anÃlise, demonstram que as noÃÃes de intersubjetividade, intencionalidade, dÃixis, pressuposiÃÃo, protÃtipos, categorias, nomes, anÃforas, repetiÃÃes, ambigÃidade, indeterminaÃÃo e polissemia empregadas na anÃlise do corpus, permitem defender a tese de que o relato jornalÃstico da notÃcia nÃo pode ser tido como espelho da realidade. NÃo se trata de uma simples reediÃÃo das velhas noÃÃes de que o jornalismo nÃo à uma atividade neutra sob o aspecto ideolÃgico, mas sim de um aprofundamento de tese nova voltada para aspectos que dizem respeito ao prÃprio modo de produÃÃo de sentido pela atividade referencial ao nÃo se admitir que de um lado està a linguagem e de outro os fatos e que ao indivÃduo â o jornalista â cabe usÃ-los para um relato clarividente e unÃvoco
ASSUNTO(S)
jornalismo - lingÃÃstica linguistica epistemologia
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