Qualidade e composição química da carne de bovinos de corte inteiros ou castrados de diferentes grupos genéticos Charolês x Nelore

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zootecnia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2001-04

RESUMO

Utilizaram-se 70 bovinos machos de três sistemas de acasalamento, puros Charolês (Ch) e Nelore (Ne), mestiços G1: 1/2 Ch + 1/2 Ne (1/2 Ch) e 1/2 Ne + 1/2 Ch (1/2 Ne) e mestiços G2: 3/4 Ch + 1/4 Ne (3/4 Ch) e 3/4 Ne + 1/4 Ch (3/4 Ne). O número de animais por grupo genético foi, respectivamente, 15, 12, 8, 12, 14 e 9. Trinta e cinco animais foram castrados (C) aos sete meses e 35 foram mantidos inteiros (I). Os animais foram confinados dos 20 aos 24 meses, quando foram abatidos. Para avaliação da carne, foi utilizado o músculo longissimus dorsi. Não houve interação significativa entre grupo genético e estado sexual para nenhuma das variáveis estudadas. Os machos I apresentaram carne mais escura (3,05 contra 3,78 pontos) com menor marmoreio (4,26 contra 5,75 pontos) e menos extrato etéreo (1,73 contra 2,88%). Entretanto, a área de longissimus dorsi foi maior (66,03 contra 60,50 cm²) e a carne com melhor palatabilidade, suculência e mais macia. Na comparação entre grupos genéticos, os Ch apresentaram maior longissimus dorsi. Na primeira geração de cruzamento (G1), animais 1/2 Ch apresentaram maior marmoreio e teor de extrato etéreo e menor quebra à cocção que os 1/2 Ne. Entre os animais G2, os animais 3/4 Ne mostraram maior quebra ao descongelamento e teor de extrato etéreo na carne. Na G1, o nível de heterose chegou a 18,54% para área de longissimus dorsi, 28,10% para teor de extrato etéreo e 64,01% para marmoreio da carne. Na G2, a heterose foi de -17,37% para a textura da carne e 10,40% para área de longissimus dorsi.

ASSUNTO(S)

bos indicus bos taurus castração heterose maciez marmoreio

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