Anestesia epidural na cirurgia descompressiva lombossacral de cães. / Epidural anesthesia in the lumbosacral decompressive surgery in dogs.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012

RESUMO

Objetivou-se neste trabalho avaliar a viabilidade, eficácia, vantagens e desvantagens da anestesia epidural lombossacral junto à anestesia geral inalatória em cirurgias de descompressão da cauda equina, tendo em vista que essa cirurgia é um procedimento longo e doloroso. Para isso, foram utilizados 11 cães adultos do atendimento de rotina do Hospital Veterinário, sem distinção de sexo, que apresentaram sinais clínicos de síndrome da cauda equina, diagnosticada através de exames neurológicos e radiográficos. Os cães foram submetidos à anestesia geral inalatória e deixados no estágio anestésico mais superficial. Depois, realizou-se a anestesia epidural em seis dos 11 pacientes, por punção espinhal em L7-S1, com o anestésico bupivacaína a 0,5%. Para a certificação do bloqueio foi realizado teste dos reflexos patelar e flexor, tônus muscular e dermátomos cutâneos, com os animais em plano anestésico superficial. Posteriormente, realizou-se a abordagem cirúrgica à coluna pela equipe de neurocirurgia. Os parâmetros fisiológicos (cardíacos, vasculares, respiratórios, temperatura corporal e glicemia) foram aferidos antes da medicação pré-anestésica (MPA), 10 minutos após a MPA, 30 minutos depois da epidural, depois da laminectomia, assim como após 60 minutos e 90 minutos, tanto no grupo com epidural quanto no sem epidural. Também se verificaram a quantidade de isofluorano consumido e o tempo de extubação. Os animais que possuíam bloqueio epidural apresentaram redução significativa no consumo de anestésico inalatório e no tempo de extubação. Não apresentaram déficits neurológicos causados pela anestesia epidural, quando comparados com o grupo sem anestesia epidural. Conclui-se que a técnica de anestesia epidural é eficiente e vantajosa na realização de cirurgias descompressivas lombossacrais, levando ao um menor risco anestésico para o animal.

ASSUNTO(S)

cauda equina cão bloqueio anestésico analgesia medicina veterinaria anesthesia dog

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